Contas no exterior se multiplicam. Qual o perfil de quem investe lá fora?
12/09/2023
Fonte: Por Isabel Filgueiras, Valor Investe — São Paulo
Em 2023 ter uma conta no exterior, principalmente para investir, já é uma realidade para além dos clientes milionários. Embora esse meio de investimento esteja mais disseminado, ele ainda é dominado pelo público masculino, como é de praxe no mercado financeiro como um todo.
Os homens representam 80% das pessoas que possuem contas de investimento no exterior, segundo dados internos da corretora de investimentos internacionais Avenue. Na base de clientes analisada no mês de agosto, a maior parte (49,75%) dos investidores têm entre 31 e 45 anos e mais da metade deles abriram conta em dólar com objetivo de aumentar o patrimônio.
Perfil dos clientes com conta no exterior
Classficação | Maio/2023 | Agosto/2023 |
Homens | 80% | 80% |
Mulheres | 20% | 20% |
De 18 a 30 anos | 34,54% | 33,67% |
De 31 a 45 anos | 49,66% | 49,75% |
De 46 a 60 anos | 12,81% | 13,34% |
De 61 a 80 anos | 2,94% | 3,18% |
Acima de 81 anos | 0,05% | 0,05% |
Fonte: Avenue
Para 34% das pessoas, a meta é gerar algum tipo de renda, visto que muitos investimentos pagam dividendos ou cupons mensais, como os fundos imobiliários, ações e até fundos de índice (ETFs). Por ser tudo transacionado em dólar, há uma parcela dos clientes (11,7%) que vê as contas lá fora como uma forma de proteção, por manter parte do capital em uma moeda mais forte e estável do que o real. É um modo de se resguardar dos riscos políticos de um país emergente como o Brasil.
Qual a motivação dos clientes ao investir no exterior?
Crescimento de patrimônio | 51,9% |
Renda | 34,3% |
Perservação de capital | 11,4% |
Especulação | 2,5% |
Fonte: Avenue. Agosto de 2023
“O que estamos observando é que os investidores estão cada vez mais vendo as oportunidades no exterior como uma forma de preservar o capital. Como um seguro para o patrimônio que ele ainda está construindo”, afirma Daniel Haddad, diretor de investimentos da empresa.
Ele destaca que investimentos em dólar são estratégicos. No Brasil, muitos produtos do dia a dia são afetados pelo preço do dólar, como combustíveis, eletrônicos e medicamentos. Todos encarecem quando o câmbio está desfavorável para o real. Por isso, ter a moeda na carteira é um meio de compensar algumas dessas perdas inflacionárias.
Os investimentos mais recorrentes entre os clientes da Avenue ainda são as ações. Mas a preferência teve uma queda nos últimos três meses. Em maio, 63% dos clientes investiam nesses papéis, percentual que caiu para 51% em agosto.
Em segundo lugar, aparecem os ETFs (fundos que replicam índices e são negociados em bolsa), que podem ser tanto de renda variável quanto de renda fixa. Os títulos de renda fixa, tanto privados (“Corporate Bonds“) como públicos (os “Treasuries“) ainda ocupam um espaço pequeno nas carteiras, com menos de 3% dos investidores alocando nessas aplicações.
Onde os clientes deixam seus dólares?
Alocações | Maio/2023 | Agosto/2023 |
Saldo em dólar para operações | 94,50% | 72,76% |
Ações | 63,60% | 51,13% |
ETFs | 49,17% | 40,29% |
Cripto | 4,78% | 3,82% |
Crédito privado | 1,17% | 1,14% |
Fundos | 0,69% | 0,76% |
CD (equivalente ao CDB) | 0,52% | 0,65% |
Tesouro | 0,46% | 0,43% |
“Hoje, na base de clientes da Avenue, encontramos pessoas com perfis de investimento variados, desde os mais agressivos, focados principalmente em ações, até aqueles que buscam preservação de capital e uma abordagem mais voltada para a aposentadoria, concentrando-se em renda fixa de alta qualidade, e assim por diante”, acrescenta o executivo.
“O que estamos observando é que os investidores estão cada vez mais vendo as oportunidades no exterior como uma forma de preservar o capital. Como um seguro para o patrimônio que ele ainda está construindo”, afirma Daniel Haddad, diretor de investimentos da empresa.
Ele destaca que investimentos em dólar são estratégicos. No Brasil, muitos produtos do dia a dia são afetados pelo preço do dólar, como combustíveis, eletrônicos e medicamentos. Todos encarecem quando o câmbio está desfavorável para o real. Por isso, ter a moeda na carteira é um meio de compensar algumas dessas perdas inflacionárias.
Os investimentos mais recorrentes entre os clientes da Avenue ainda são as ações. Mas a preferência teve uma queda nos últimos três meses. Em maio, 63% dos clientes investia nesses papéis, percentual que caiu para 51% em agosto.
Em segundo lugar, aparecem os ETFs (fundos que replicam índices e são negociados em bolsa), que podem ser tanto de renda variável quanto de renda fixa. Os títulos de renda fixa, tanto privados (“Corporate Bonds“) como públicos (os “Treasuries“) ainda ocupam um espaço pequeno nas carteiras, com menos de 3% dos investidores alocando nessas aplicações.
Onde os clientes deixam seus dólares?
Alocações | Maio/2023 | Agosto/2023 |
Saldo em dólar para operações | 94,50% | 72,76% |
Ações | 63,60% | 51,13% |
ETFs | 49,17% | 40,29% |
Cripto | 4,78% | 3,82% |
Crédito privado | 1,17% | 1,14% |
Fundos | 0,69% | 0,76% |
CD (equivalente ao CDB) | 0,52% | 0,65% |
Tesouro | 0,46% | 0,43% |
“Hoje, na base de clientes da Avenue, encontramos pessoas com perfis de investimento variados, desde os mais agressivos, focados principalmente em ações, até aqueles que buscam preservação de capital e uma abordagem mais voltada para a aposentadoria, concentrando-se em renda fixa de alta qualidade, e assim por diante”, acrescenta o executivo.