Avenue

Por

William Castro

Formado em economia pela UFRGS – RS. Em 2004, iniciou sua carreira na Solidus Corretora, com passagens pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Foi sócio, analista-chefe e um dos principais porta-vozes da XPInvestimentos. Também foi sócio e líder de gestão da VGRGestão de Recursos. Possui as certificações Series 7 e 24. É estrategista-chefe, sócio e porta voz da Avenue desde 2018.

Compartilhe este post

Como foi o mercado ontem:

**ONTEM**
As bolsas de Nova York fecharam mais um dia em baixa nesta quarta-feira, com os receios contínuos em relação ao aperto monetário do Fed e a taxas de juros mais altas. Neste cenário, vale reforçar que as ações que podem ser mais impactadas pela tomada de medidas mais fortes são as ações de tecnologia e de ações de crescimento. Por outro lado, tivemos a divulgação de bons resultados por parte de algumas empresas, que eu vou comentar daqui a pouco.

• Dow: -0,96%
• S&P: -0,97%
• Nasdaq: -1,15%

Setores: Destaque positivo para o setor de consumo não discricionário, que subiu 0,5%, e para o setor de Utilities, que subiu 0,33%. Fora isso, todos os outros setores apresentaram baixa, com destaque para o setor de consumo discricionário, ou seja, de bens não essenciais, mais sensíveis a inflação, que caiu 3,5% e para o setor de tecnologia (muito sensível a taxa de juros), que caiu 2,3%, reforçando o risco que eu comentei anteriormente.

• Dólar: O dólar caiu 1,68%, para o menor patamar em dois meses, por conta da boa performance do real em relação as principais moedas globais com um rali dos preços de commodities como petróleo e minério de ferro.

 

Notícias Corporativas

Procter&Gamble (PG)
As ações da empresa de bens de consumo subiram cerca de 4% depois que divulgou lucros acima das estimativas de Wall Street. A empresa registrou lucro de US$ 1,66 por ação, 1 centavo acima da estimativa de consenso da Refinitiv. A P&G também superou as expectativas de receita e elevou sua previsão para 2022.
A empresa disse em sua teleconferência de resultados que já informou aos varejistas que vai aumentar preços de diversos produtos em meados de abril. A P&G já aumentou os preços de 10 categorias de produtos como cuidados com o bebê, cuidados com a casa, cabelo, higiene bucal entre outros. A empresa também está elevando os preços em alguns de seus mercados internacionais. Pelo segundo trimestre consecutivo, a P&G aumentou sua projeção de inflação. Cerca de metade do crescimento orgânico de 6% das vendas da empresa em seu segundo trimestre fiscal veio de aumentos de preços. Executivos disseram ainda que seus rivais estão enfrentando a mesma pressão de custo de commodities e por isso eles se sentem confiantes em realizar os aumentos de preços. A Procter&Gamble vale ~US$ 395 bilhões, forward P/E de 27x, dividend yield de 2.1 % e as suas ações estão estáveis no ano.

Prologis (PLD)

Na quarta-feira tivemos um dos maiores REIT’s do mercado divulgando seus números referentes ao quarto trimestre. O Prologis, operador de diversos galpões logísticos espalhados pelos EUA e mundo (inclusive Brasil), bateu as estimativas dos analistas e as ações subiram 1% no dia. Receita: U$1,28 bilhões vs U$1,25 bilhões esperado pelos analistas. FFO por ação: U$1,12 vs U$1,10 estimado. A ocupação média ficou em 96,5-97,5% em 2022, acima dos 95,8% no quarto trimestre de 2020. Enquanto isso, “a demanda por nosso portfólio global de 1 bilhão de pés quadrados não mostra sinais de desaceleração”, disse o cofundador e CEO Hamid R. Moghadam. Hoje, a PLD está avaliada em aproximadamente U$ 114 bilhões, negocia a 37,25x FFO para 2022 e distribui um yield de 1,62%. Suas ações caem -7,91% no ano.

UnitedHealth (UNH)
A maior empresa de saúde do mundo em valor de mercado – UnitedHealth – reportou nesta quarta-feira o resultado do quarto trimestre de 2021 e bateu as estimativas do mercado.Resultados Gerais:
Receita: U$ 73,74 bilhões vs U$ 72.96 bilhões projetados.
Lucro por ação: U$ 4.48 vs U$ 4.31 estimados. O índice de assistência médica no quarto trimestre de 2021 foi de 83,7%. O desenvolvimento favorável de reservas médicas foi de US$ 440 milhões no trimestre, comparado a US$ 850 milhões no ano passado. O índice de custos operacionais do ano de 2021 de 14,8% diminuiu de 16,2% em 2021 devido à revogação do imposto de seguro saúde, efeitos do COVID-19 e avanços contínuos de produtividade, compensados pelo mix de negócios e investimentos. A UNH está avaliada em aproximadamente U$ 473 bilhões, negocia a 22,37 P/E para 2022 e distribui um yield de 1,25%. Suas ações caem -7,44% no ano.

Morgan Stanley (MS)
O Morgan Stanley (MS) divulgou hoje pela manhã (19) seus resultados referentes ao 4o trimestre de 2021. Com receitas ligeiramente abaixo, mas lucros acima do esperado, o mercado reagiu positivamente à divulgação e as ações subiram 2,5% no pregão. Lucro Líquido: US$ 2,01 por ação vs. expectativas de US$ 1,91. Receita: US$ 14,5 bilhões vs. expectativas de US$ 14,6 bilhões.
De acordo com o CEO, James Gormam, o banco registrou recorde de receitas para o ano de 2021, impactadas positivamente por fortes resultados nos principais negócios da empresa. O segmento de gestão de patrimônio foi um elemento-chave que, através de várias aquisições, aumentou os ativos sob gestão em quase US $ 1 trilhão no ano para US$ 4,9 trilhões. As ações do Morgan Stanley possuem US$ 173 bilhões de valor de mercado e caem 4,15% em 2022, contra -0,61% do XLF, o ETF que mede o desempenho de ações de empresas financeiras.

Bank of America (BAC)
O Bank of America (BAC), segundo maior banco dos Estados Unidos, divulgou hoje (19) seus resultados referentes ao quarto trimestre de 2021. Em linhas gerais, os números finais vieram acima do esperado e suas ações sobem 1,2% no pregão. Lucro por ação: US$ 0,82 vs. US$ 0,77 est. Receita: US$ 22,1 bilhões vs. US$ 22,2 bilhões. Segundo o CEO, Brian Moynihan, o banco teve abertura de mais de 1 milhão de contas com cartões de crédito e perto de um milhão de novas contas correntes, o que demonstra a capacidade de geração de valor da instituição seja por meios físicos e/ou digitais. As ações do Bank of America (BAC), que possuem US$ 386 bilhões de valor de mercado, sobem 44,05% nos últimos 12 meses contra +27,3% do ETF do segmento financeiro (XLF).

O que esperar para o mercado hoje

Para hoje as tensões na Europa continuam a preocupar o mercado. Um alto diplomata da zona do UE acusa Rússia de não levar a sério a Europa à medida que os riscos crescem na fronteira ucraniana. Além disso o banco central da China cortou durante a madrugada as suas taxas de empréstimo de referência novamente nesta quinta-feira, em meio a preocupações com uma desaceleração econômica na segunda maior economia do mundo, em 10 pontos base de 3,8% para 3,7%.

• Ásia: O índice de Shangai (-0,09%), enquanto no Japão, a Nikkei fechou (+1,11%).

• Europa: Na Europa, a Euro Stoxx opera em baixa (-0,23%). O CAC40 (índice francês) (-0,51%) e a DAX (índice alemão) (-0,21%), enquanto, na Inglaterra (FTSE100) (-0,28%).

• Futuros: e os futuros americanos temos o Nasdaq com +0,59%, +0,36% para o S&P e de +0,31% para o Dow. • Agenda: as 9h30 temos a ata da reunião do Banco Central Europeu e as 10h30 temos pedidos iniciais por seguro-desemprego nos Estados Unidos.

• Balanços: American Airlines, Baker Hughes, Intuitive Surgical e Netflix.

Por

William Castro

Formado em economia pela UFRGS – RS. Em 2004, iniciou sua carreira na Solidus Corretora, com passagens pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Foi sócio, analista-chefe e um dos principais porta-vozes da XPInvestimentos. Também foi sócio e líder de gestão da VGRGestão de Recursos. Possui as certificações Series 7 e 24. É estrategista-chefe, sócio e porta voz da Avenue desde 2018.

Baixar o app e abrir conta
chat de atendimento Fale com a gente