Avenue

Por

William Castro

Formado em economia pela UFRGS – RS. Em 2004, iniciou sua carreira na Solidus Corretora, com passagens pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Foi sócio, analista-chefe e um dos principais porta-vozes da XPInvestimentos. Também foi sócio e líder de gestão da VGRGestão de Recursos. Possui as certificações Series 7 e 24. É estrategista-chefe, sócio e porta voz da Avenue desde 2018.

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Como foi o mercado ontem:

**ONTEM**
As bolsas de NY fecharam em forte baixa na última sexta-feira, finalizando uma semana que foi bastante dura para as ações. Os principais índices, S&P 500 e o Nasdaq, registraram as maiores quedas percentuais semanais desde o início da pandemia, em março de 2020. O S&P 500 caiu pela terceira semana consecutiva e negocia agora a 8,3% abaixo do recorde alcançado no início de janeiro. Já o Nasdaq, que possui um forte peso de papes de tecnologia, apresenta retração de mais de 10% em relação ao ATH em novembro e negocia agora no nível mais baixo desde junho.

• Dow: -1,3%
• S&P: -1,9%
• Nasdaq: -2,7%

Setores: Destaque negativo para o setor de Serviços de Comunicação, que caiu 3,88%, influenciado pela baixa de mais de 20% das ações da Netflix (NFLX) após a empresa anunciar que espera o menor crescimento histórico para a sua base de clientes em 2022. O setor de Consumo Discricionário caiu 3,1%, acentuando a queda no ano que já chega a 12,2%, no menor nível desde agosto de 2021.

Dólar: O dólar subiu 0,72%, para R$ 5,4542, por conta do clima mais desfavorável para ativos de risco no mercado global, em especial nos países desenvolvidos. As expectativas em relação a política monetária nos Estados Unidos e a piora da situação fiscal no Brasil contribuíram para a alta do câmbio.

 

Notícias Corporativas

CSX (CSX)
A CSX superou as estimativas do mercado com um lucro trimestral de $0.42/ação, ainda assim suas ações caíam 4% no pregão de hoje.
A CSX disse que as vendas cresceram em todas as suas linhas de negócios à medida que os clientes procuravam lidar com os desafios da cadeia de suprimentos. No entanto a empresa notou um aumento nas despesas – algo que vai em linha com o que outra empresa ferroviária reportou ontem, a Union Pacific, e relacionado as despesas mais altas com combustíveis. Como a maioria das principais ferrovias norte-americanas, a CSX investiu pesadamente para implementar o Precision Scheduled Railroading (PSR), uma estratégia para reduzir custos e melhorar a eficiência. Isso ajudou a melhorar a lucratividade e a reduzir disrrupções das cadeias de suprimentos. No entanto, tal sistema reduziu o número de trabalhadores ferroviários necessários, o que gerou crescente conflito com os sindicatos.
A CSX Corporation é uma empresa de transporte com foco em serviços de transporte ferroviário e reboques intermodais. Ela transporta diversos produtos – caminhões, carvão, aço, produtos agrícolas e alimentícios, fertilizantes, entre outros.
A CSX vale ~US$ 75 bilhões, forward P/E de 21X, dividend yield de 1.1%, suas ações caem 10% no ano, mas sobem 9.7% em 12 meses.

Schlumberger (SLB)
A Schlumberger empresa que presta serviços para empresas de exploração e produção de petróleo registrou lucro de $0.42/ação, um aumento de $0.27/ação ante o mesmo período do ano anterior. Analistas consultados pela FactSet previam ganhos de 30 centavos por ação.
O lucro líquido subiu para US$ 601 milhões, de US$ 374 milhões um ano atrás. A receita aumentou de US$ 5,53 bilhões para US$ 6,23 bilhões. Analistas esperavam receita de US$ 6,09 bilhões.
O maior segmento da Schlumberger em receita, seu negócio de construção de poços, cresceu mais rapidamente, com receita aumentando 28% em meio a uma recuperação nos preços do petróleo, um maior número de plataformas ativas e o aumento da atividade de construção no Golfo do México. “Olhando para 2022, os fundamentos macro da indústria são muito favoráveis, devido à combinação da recuperação da demanda projetada, um mercado de oferta cada vez mais apertado e preços do petróleo favoráveis”, disse o CEO Olivier Le Peuch no comunicado de resultados.
A Schlumberger vale ~US$ 50 bilhões, forward P/E de 21X, dividend yield de 1.4%, suas ações sobem 21% no ano e 44% em 12 meses.

Calendário de Resultados da Semana

O que esperar para o mercado hoje

Como já comentamos aqui algumas vezes, o rápido aumento nos rendimentos dos títulos do Tesouro americano por conta das preocupações de que o banco central dos EUA vai ser mais agressivo no controle da inflação vem atingindo em cheio as ações de tecnologia e de crescimento. Esta semana, porém, teremos a reunião do Fed, onde os investidores vão tentar ter mais clareza sobre os planos do banco central de apertar a política monetária nos próximos meses, depois da divulgação de dados na semana passada que mostraram que os preços ao consumidor dos EUA em dezembro tiveram o maior aumento anual em quase quatro décadas.
No domingo, o Goldman Sachs afirmou que prevê quatro elevações dos juros em 2022, mas vê risco de mais altas por conta da inflação.

Mas a semana começa quente com outros ingredientes que só reforçam a percepção de medo. O novo ingrediente agora são as tensões entre Ucrânia e Rússia. Autoridades ocidentais, inclusive o presidente americano Joe Biden, já afirmaram que esperam que Moscou lance um ataque à Ucrânia. A inteligência dos Estados Unidos indica que isso poderia ocorrer em um mês. No sábado, o Reino Unido alertou que reagirá com sanções caso a Rússia imponha sobre a Ucrânia um líder favorável ao país. No domingo, o Departamento de Estado americano recomendou que todos os seus cidadãos deixem imediatamente a Ucrânia, citando a enorme movimentação militar na fronteira.

• Ásia: As bolsas asiáticas tiveram resultados variados entre si na segunda-feira.

• Europa: Na Europa, o índice Stoxx 600 perde 0,2%, com destaque negativo do setor de tecnologia e positivo do setor de telecomunicações.

• Futuros: apontam para quedas. Dow -0.25%, S&P -0.34% e o Nasdaq -0.54%.

• Agenda: divulgação de PMI Industrial e do Setor de Serviços na Europa e nos Estados Unidos, medidos pela Markit.

• Balanços: Halliburton, IBM, Logitech e Phillips.

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William Castro

Formado em economia pela UFRGS – RS. Em 2004, iniciou sua carreira na Solidus Corretora, com passagens pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Foi sócio, analista-chefe e um dos principais porta-vozes da XPInvestimentos. Também foi sócio e líder de gestão da VGRGestão de Recursos. Possui as certificações Series 7 e 24. É estrategista-chefe, sócio e porta voz da Avenue desde 2018.

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