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Por

William Castro

Formado em economia pela UFRGS – RS. Em 2004, iniciou sua carreira na Solidus Corretora, com passagens pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Foi sócio, analista-chefe e um dos principais porta-vozes da XPInvestimentos. Também foi sócio e líder de gestão da VGRGestão de Recursos. Possui as certificações Series 7 e 24. É estrategista-chefe, sócio e porta voz da Avenue desde 2018.

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Depois de um ano de muitas incertezas, 2022 foi marcado como bastante atípico para os mercados globais. Não só a queda de diversos ativos foi expressiva, como também foi o primeiro ano desde pelo menos a década de 1870 em que tanto as ações como os títulos de renda fixa de longo prazo dos EUA caíram mais de 10% no mesmo ano.

Por mais improvável que tenha sido o evento, olhando em retrospectiva, houve uma reavaliação importante dos preços dos ativos. Depois dessas quedas, o investidor fica em dúvida: qual seria a melhor opção para 2023?

Fonte: Hedgeeye (Twitter)

Obviamente, tudo depende do seu objetivo, perfil de investidor e apetite a risco. Mas eu, para tentar auxiliar o investidor na tomada de decisão, vou tentar elaborar opiniões importantes para ambos os casos.

Bonds: renda fixa
Se no passado as taxas de juros nos Estados Unidos estavam próximas a zero, e investir em renda fixa provia pouco retorno, quando comparamos 2021 e 2022, podemos notar que houve um aumento expressivo das taxas de juros pagas pelos bonds.

Fonte: Charlie Bilello

Tenha em mente que os indivíduos não podem investir diretamente em qualquer índice. O desempenho passado pode não ser indicativo de resultados futuros.

Neste sentido, começamos 2023 com taxas de juros mais atrativas e uma aversão ao risco maior. Investidores questionados pelo BofA (Bank of America) disseram que os bonds são a opção mais atrativa atualmente, comparando com a média histórica, e que estão alocando mais do que a média nesta classe de ativos.

Fonte: The Daily Shot

Este gráfico é apenas para fins ilustrativos

E não é só o BofA que pensa isso. Analisando o fluxo financeiro neste início de ano, podemos notar um aumento significativo para a renda fixa (fixed income), seja de mercados desenvolvidos ou de mercados emergentes, sendo muito maior do que ações (que até performaram bem no período, mas não atraíram tanto volume).

Fonte: The Daily Shot

Este gráfico é apenas para fins ilustrativos

Inclusive, começamos o ano não só com um fluxo financeiro para esta classe de ativos, mas também a renda fixa internacional está se recuperando da queda do ano passado, restaurando seu papel tradicional como um possível refúgio contra a desaceleração econômica.

Fonte: Financial Times

Tenha em mente que os indivíduos não podem investir diretamente em qualquer índice. O desempenho passado pode não ser indicativo de resultados futuros.

Os bonds estão a caminho de seu melhor desempenho em janeiro em mais de três décadas, estimulados por uma convicção crescente de que a inflação atingiu o pico e estão em recuperação de um ano anterior de forte queda. O Bloomberg Global Aggregate, um índice da renda fixa global, apresentou um retorno de 3,1% até agora neste mês. Se isso continuar pelo resto de janeiro, será o maior aumento registrado no primeiro mês do ano desde 1991. Lembrando que índice caiu 16% em 2022.

Equities: mercado de ações
Na última semana começamos a temporada de balanços nos EUA. Diversas empresas já reportaram os seus dados – siga nosso Telegram aqui para acompanhar os principais resumos.

Fonte: The Daily Shot

Tenha em mente que os indivíduos não podem investir diretamente em qualquer índice. O desempenho passado pode não ser indicativo de resultados futuros. Não há garantia de que essas opiniões ou previsões aqui fornecidas se mostrem corretas.

De forma breve, a queda estimada nos lucros do S&P 500 para o quarto trimestre é entre -3,6% e -3,9%, o que marcaria a primeira retração nos resultados ano a ano relatada pelo índice desde o terceiro trimestre de 2020 (-5,7%), com expectativas de continuação do movimento de baixa ao longo de 2023.No gráfico abaixo você consegue ver o EPS(Lucro por ação) em azul escuro, versus os preços do SP500 nos últimos 10 anos.

Fonte: Factset

Tenha em mente que os indivíduos não podem investir diretamente em qualquer índice. O desempenho passado pode não ser indicativo de resultados futuros.

Apesar da expectativa negativa da queda dos lucros, observando o movimento dos últimos meses notamos que a bolsa pode ter buscado antecipar o possível movimento dos resultados e no início de 2023 as ações responderam positivamente, divergindo da tendência de baixa no segundo semestre de 2022. Este é um movimento que tem implicações importantes para os investidores, principalmente se o mercado já tiver atingido o seu fundo.

Fonte: Seeking Alpha

Historicamente, quando o mercado atinge a sua mínima, seja em recessão ou apenas quedas no ano, posteriormente  a média de retorno é de 40% em um ano e 54% em dois anos. Obviamente, rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura, mas os investidores de ações gostariam que a narrativa se repetisse nos próximos meses.

Contudo, se você não investe agora porque teme uma crise, eu gostaria de lembrá-lo do histórico do índice S&P500 como um exemplo de resiliência do mercado americano a longo prazo. Já se estivermos em meio a uma crise, lembre-se da sábia observação de Paul Samuelson, Nobel de Economia em 1970, que disse:

“O mercado de ações previu nove das últimas cinco recessões”
(The Stock Market Has Predicted Nine Of The Past Five Recessions)

Por hoje era isso, pessoal. Me sigam nas redes sociais: @gui_zanin_ tanto no Twitter ou no Instagram.

 Aquele abraço!
Guilherme R. R. Zanin, CFA – Estrategista da Avenue Securities

A Avenue Securities LLC é membro da FINRA e da SIPC. Oferta de serviços intermediada por Avenue Securities DTVM. Veja todos os avisos importantes sobre investimento: https://avenue.us/termos/.

O desempenho passado não é indicativo de resultados futuros. Investir envolve risco e você pode incorrer em um lucro ou perda, independentemente da estratégia selecionada.

As informações contidas neste documento não pretendem ser uma descrição completa dos valores mobiliários, mercados ou desenvolvimentos referidos neste material. Qualquer informação não é um resumo completo ou uma declaração de todos os dados disponíveis necessários para tomar uma decisão de investimento e não constitui uma recomendação. Os investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os investidores.

Investimentos setoriais são empresas envolvidas em negócios relacionados a um setor específico. Estão sujeitos a uma concorrência acirrada e os seus produtos e serviços podem estar sujeitos a uma rápida obsolescência.  Existem riscos adicionais associados ao investimento em um setor individual, incluindo diversificação limitada.

Não há garantia de que estas opiniões ou previsões aqui fornecidas se mostrem corretas.

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O investimento internacional envolve riscos especiais, incluindo flutuações cambiais, diferentes padrões contábeis financeiros e possível volatilidade política e econômica.

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William Castro

Formado em economia pela UFRGS – RS. Em 2004, iniciou sua carreira na Solidus Corretora, com passagens pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Foi sócio, analista-chefe e um dos principais porta-vozes da XPInvestimentos. Também foi sócio e líder de gestão da VGRGestão de Recursos. Possui as certificações Series 7 e 24. É estrategista-chefe, sócio e porta voz da Avenue desde 2018.

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