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Por

William Castro

Formado em economia pela UFRGS – RS. Em 2004, iniciou sua carreira na Solidus Corretora, com passagens pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Foi sócio, analista-chefe e um dos principais porta-vozes da XPInvestimentos. Também foi sócio e líder de gestão da VGRGestão de Recursos. Possui as certificações Series 7 e 24. É estrategista-chefe, sócio e porta voz da Avenue desde 2018.

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Hoje, (23/08/2024) o presidente do banco central americano Jerome Powell discursou no simpósio econômico de Jackson Hole, Wyoming.

 

Em suma, as declarações de Jerome Powell reforçaram a percepção recente, já presente na Ata do Fomc divulgada essa semana, de que chegamos ao momento de cortes de juros nos EUA, ainda que ele não tenha definido data para isso – no entanto, fica implícito que existe uma probabilidade considerável de que tal movimento comece na próxima reunião de setembro. Powell disse ainda que o cenário inflacionário apresenta uma evolução benigna ao se aproximar da meta de 2%, sendo que entre o mandato dual do Fed de controlo de preços e estabilidade do mercado de trabalho, o segundo é hoje muito mais uma preocupação do que o primeiro.  

 

Powell fez uma retrospectiva do que causou a inflação e que levou o Fed a realizar uma série de 13 aumentos nas taxas entre março de 2022 e julho de 2023. Segundo ele, o aumento da inflação foi “um fenômeno global”, resultado de “rápidos aumentos na demanda por bens, cadeias de suprimentos tensas, mercados de trabalho apertados e aumentos acentuados nos preços das commodities”. Mas sua fala indica a percepção do Fed de que o momento mudou e requer que o banco central se volte ao segundo vetor do seu mandato, ou seja, garantir que a economia permaneça em torno do pleno emprego. Powell atribuiu o aumento do desemprego recente ao maior número de indivíduos entrando na força de trabalho, e uma desaceleração significativa do ritmo de contratação das empresas que estava bastante alto, ao invés de uma deterioração geral no mercado de trabalho e despedimentos (que poderiam ser indicadores de uma recessão).

 

Alguns destaques da sua fala:

 

  • “Chegou a hora de a política se ajustar … A direção da viagem é clara, e o momento e o ritmo dos cortes nas taxas dependerão dos dados recebidos, da perspectiva em evolução e do equilíbrio de riscos.”

 

  • “A inflação caiu significativamente. O mercado de trabalho não está mais superaquecido, e as condições agora são menos apertadas do que as que prevaleciam antes da pandemia (…) As restrições de oferta se normalizaram. E o equilíbrio dos riscos para nossos dois mandatos mudou.”

 

  • “Nosso objetivo tem sido restaurar a estabilidade de preços, mantendo um mercado de trabalho forte, evitando os aumentos acentuados no desemprego que caracterizaram episódios desinflacionários anteriores, quando as expectativas de inflação estavam menos bem ancoradas (…) Embora a tarefa não esteja concluída, fizemos um bom progresso em direção a esse resultado.”

 

  • “O FOMC não vacilou em cumprir com nossas responsabilidades, e nossas ações demonstraram vigorosamente nosso comprometimento em restaurar a estabilidade de preços … Uma lição importante da experiência recente é que expectativas de inflação ancoradas, reforçadas por ações vigorosas do banco central, podem facilitar a desinflação sem a necessidade de folga.”

 

Impacto e Leitura

  • Os yields dos títulos de dívida americana cederam de forma expressiva com a expectativa de cortes de juros.
  • Os índices acionários reagiram de forma positiva operando em alta. Destaque para o Índice Russell 2000 de Small Caps que subia mais de 3%
  • O dólar (índice DXY) apresentou desvalorização relevante e contra o Real cai mais de 1% operando abaixo dos R$ 5,50.

 

William Castro Alves

Estrategista-chefe da Avenue Securities

 

 

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