Payroll de Setembro – Dado surpreende com forte criação de empregos e salários acima das expectativas
04/10/2024
Por
William Castro
Formado em economia pela UFRGS – RS. Em 2004, iniciou sua carreira na Solidus Corretora, com passagens pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Foi sócio, analista-chefe e um dos principais porta-vozes da XPInvestimentos. Também foi sócio e líder de gestão da VGRGestão de Recursos. Possui as certificações Series 7 e 24. É estrategista-chefe, sócio e porta voz da Avenue desde 2018.
Expectativa x Realidade
Expectativa: criação de 147 mil postos de trabalho;
Realidade: foram criados 254 mil postos de trabalho não-agrícola.
Expectativa de salários: +0,3% m/m e +3,8% a/a;
Realidade: ganho médio por hora trabalhada de +0,4% e +4,0%, respectivamente.
Expectativa de taxa de desemprego: 4,2%;
Realidade: taxa de desemprego foi de 4,1%.
Impacto
– Yields dos títulos americanos sobem, com o mercado precificando ritmo de cortes menor perante os dados positivos do mercado de trabalho.
– Mercado de futuros, dos principais índices de ações americanos, reagem de forma positiva.
– Dólar sobe, com DXY subindo 0,5%, e USD-BRL também subindo cerca de 0,1%.
Fonte: MarketWatch – 04/out/2024
Leitura e Abertura
O relatório de empregos de setembro surpreendeu ao trazer números bem acima das expectativas. A economia dos EUA adicionou 254 mil postos de trabalho não-agrícola, quase 100 mil a mais do que o esperado (147 mil). Além disso, a taxa de desemprego caiu para 4,1%, caindo 0,1pp frente ao mês anterior, reforçando a robustez do mercado de trabalho. O mercado antecipava a manutenção do desemprego em 4,2%.
Os ganhos salariais também superaram as projeções, com o ganho médio por hora trabalhada subindo 0,4% no mês e 4,0% ao ano, frente às expectativas de 0,3% e 3,8%, respectivamente. Esses dados indicam que, apesar de sinais de desaceleração econômica, o trabalhador americano continua a ver aumentos reais em seus salários, o que mantém o consumo aquecido.
Embora o relatório tenha reforçado a visão de uma economia sólida, ele também aumenta a expectativa de que o Federal Reserve possa desacelerar os cortes de juros. O mercado, que anteriormente cogitava um possível corte de 50 pontos-base na próxima reunião do Fed, agora vê mais provável uma redução menor, de 25 pontos-base – de acordo com o CME Fedwatch Tool.
Este cenário reforça também a ideia de que a economia americana não se encaminha para uma recessão e de que o Fed pode de fato conseguir o tão desejado cenário de soft landing, entregando uma inflação em queda e caminhando para a sua meta de 2%, e um mercado de trabalho ainda sólido e resiliente.
William Castro Alves
Estrategista-Chefe da Avenue
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William Castro
Formado em economia pela UFRGS – RS. Em 2004, iniciou sua carreira na Solidus Corretora, com passagens pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Foi sócio, analista-chefe e um dos principais porta-vozes da XPInvestimentos. Também foi sócio e líder de gestão da VGRGestão de Recursos. Possui as certificações Series 7 e 24. É estrategista-chefe, sócio e porta voz da Avenue desde 2018.
