ADP: Criação de postos de trabalho no setor privado americano – Dezembro
08/01/2025
Por
William Castro
Formado em economia pela UFRGS – RS. Em 2004, iniciou sua carreira na Solidus Corretora, com passagens pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Foi sócio, analista-chefe e um dos principais porta-vozes da XPInvestimentos. Também foi sócio e líder de gestão da VGRGestão de Recursos. Possui as certificações Series 7 e 24. É estrategista-chefe, sócio e porta voz da Avenue desde 2018.
Expectativa x Realidade
– Dado anterior: 146 mil;
– Expectativa: 139 mil;
– Dado realizado: 122 mil.
Leitura e Impacto
O setor privado americano criou menos postos de trabalho (122 mil) que o esperado em dezembro (139 mil), apresentando o número mais baixo desde agosto do ano passado. Os salários também apresentaram um menor crescimento, uma taxa de 4,6% em relação ao ano passado, o ritmo mais lento desde julho de 2021.
De acordo com a Economista-Chefe da ADP, Nela Richardson: “O mercado de trabalho desacelerou seu ritmo de crescimento no último mês de 2024, o qual foi observado tanto nas contratações quanto nos ganhos salariais.”
Ainda na seara do mercado de trabalho, o Departamento do Trabalho informou nessa quarta-feira (08/jan) que os pedidos iniciais de seguro-desemprego totalizaram 201 mil na semana que terminou em 4 de janeiro, número esse menor que a estimativa de 215 mil e o menor nível desde fevereiro de 2024.
Abrindo o dado vimos que os setores que mais empregaram foram os serviços de educação e saúde, que adicionaram 57 mil posições; outros ganhos vieram na construção (27 mil), lazer e hospitalidade (22 mil) e atividades financeiras (12 mil). Por outro lado, vários setores relataram perdas de empregos: a indústria foi o principal deles (-11 mil), recursos naturais e mineração (-6 mil) e serviços profissionais e empresariais (-5 mil). Quase todos os empregos vieram de grandes empresas com mais de 500 trabalhadores, com 97 mil de um total de 122 mil postos criados.
Não vimos um impacto muito relevante no mercado em decorrência do dado. Os títulos de dívida americanos negociam sem tendência definida – queda nos vértices curtos e alta nos vértices longos. O índice dólar se valoriza e contra o Real também sobe. Os índices acionários operam no negativo pela manhã.
O dado mais fraco de criação de postos de trabalho no setor privado tende a arrefecer apostas mais agressivas de alta nos juros americanos, especialmente no curto prazo. No entanto, temos salientado que existe um ambiente de incerteza muito grande referente aos potenciais impactos de novas medidas que tendem a ser anunciadas nas próximas semanas com o presidente eleitor, Donald Trump, assumindo a Casa Branca. Esse tem sido o principal vetor para o movimento dos juros e dólar no curto prazo em nossa visão.
@willcastroalves
Estrategista-chefe da Avenue Securities
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William Castro
Formado em economia pela UFRGS – RS. Em 2004, iniciou sua carreira na Solidus Corretora, com passagens pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Foi sócio, analista-chefe e um dos principais porta-vozes da XPInvestimentos. Também foi sócio e líder de gestão da VGRGestão de Recursos. Possui as certificações Series 7 e 24. É estrategista-chefe, sócio e porta voz da Avenue desde 2018.
