Inflação, inflação e inflação!
15/11/2021
15/11/2021
15/11/2021
Bom dia, investidores,
Hoje quem escreve é Guilherme Zanin e vamos dar um giro nos principais acontecimentos do mercado internacional da última semana.
Embora o banco central americano (FED) venha declarando que ainda espera que a inflação seja temporária, os preços têm subido por mais tempo (e seguem mais altos) do que o esperado pelo mercado, evidenciando que o movimento não seja tão temporário assim. Esta situação inflacionaria é o resultado de diversos fatores, incluindo:
• Escassez de suprimentos relacionada à pandemia;
• Escassez de mão de obra;
• Atrasos na cadeia de suprimentos;
• Demanda crescente do consumidor.
E não estamos contando que as carteiras dos americanos foram preenchidas por trilhões em dinheiro via estímulo durante a pandemia, o que desencadeou uma recuperação mais rápida do que o esperado pela autoridade monetária. No geral, os dados de inflação americano aumentaram 6,2% em relação a outubro do ano passado. Este é o maior nível de inflação nos EUA dos últimos 30 anos.
O ritmo da inflação acelerou fortemente a partir de setembro e esse foi o quinto mês consecutivo acima de 5%. Os aumentos de preços foram praticados em quase todos os segmentos, mas existem alguns destaques:
• O preço da gasolina subiu 50% (e você sabe muito bem disso no Brasil), enquanto o valor de carros e caminhões usados aumentaram 26%;
• O bacon subiu 20%, os ovos 12% e a manteiga 6%;
• Os equipamentos de lavanderia aumentaram 15%, os móveis e as roupas de cama aumentaram 12% e as TVs aumentaram 10%;
• Os preços dos hotéis aumentaram 26% e os serviços de transporte (Uber) aumentaram 5%.
Os dados de inflação apresentados na semana passada pelo IBGE foram os maiores para o mês de outubro (1,25%) desde 2002. O Banco Central já declarou que este ano a inflação ficará fora da meta e admite que enfrenta dificuldades para levá-la à meta em 2022, novamente. Por isso que, ultimamente, os preços do dólar estão próximos a máxima histórica.
Além disso, na Europa notamos uma aceleração da inflação também, sendo a Alemanha o grande destaque negativo, algo que não ocorria desde 1980.
Até o Japão, que convive com deflação (ou inflação excessivamente baixa) há anos, apresentou que os dados de aumento de preços ao produtor (PPI) vieram em 8% no acumulado de 12 meses.
E AS EMPRESAS CONSEGUEM CRESCER COM INFLAÇÃO?
Apesar do ambiente inflacionário persistente ser algo considerado ruim do ponto de vista econômico e social, existem empresas que conseguem repassar esses aumentos e até lucrar mais durante este período.
Um estudo interessante demonstrou que durante períodos de inflação nos Estados Unidos boa parte das empresas, sejam large, mid ou small caps, tendem a performar positivamente.
Entre os destaques, o setor industrial demonstra que conseguiu bater as estimativas, além dos setores de energia e consumo. Note que são áreas que tendem a repassar os aumentos de custos diretamente para o cliente. Esse resultado positivo das empresas advém, principalmente, do aumento de vendas e margens maiores. Note que a inflação tende a diminuir a importância dos múltiplos (valuation) nos preços das ações e dar maior ênfase para atividade operacional das empresas.
Não é à toa que uma boa forma de se proteger da inflação nos Estados Unidos é, segundo eles mesmos, comprando ações.
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Era isso pessoal.
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Aquele abraço!!!
GUILHERME ZANIN