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Por

Juliana Benvenuto

Formada em Relações Internacionais, com pós-graduação em Finanças Corporativas pela Saint Paul e Extensão Universitária em Administração pela Universidade da Califórnia – Riverside.

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Agora que você já sabe como definir e organizar seus objetivos e metas, e está pronto para botar a mão na massa para transformá-los em realidade, é hora de tornar o planejamento financeiro um hábito na sua vida. E o primeiro passo para que isso aconteça é colocar os pés no chão e fazer uma análise da sua situação atual. Por isso, nesse artigo você vai encontrar mais informações sobre como essa análise pode ser feita e o que você deve levar em consideração na hora de realizá-la.

 

“Sonhar é importante, mas começar com os pés no chão é essencial”

Ter objetivos desafiadores e que te tiram da zona do conforto é importantíssimo para a sua evolução. No entanto, se a sua realidade atual não for levada em consideração, é bem provável que você terá que lidar com muita frustração ao longo do caminho e não se aproximará da realização dos seus objetivos. Em muitos casos, inclusive, poderá até ficar cada vez mais longe deles. Mas então, o que fazer?

 

É preciso estar disposto a “abrir algumas feridas”

 Em um primeiro momento, a tarefa de analisar a sua situação atual pode parecer simples e fácil. Se é que você até já não pensou: “poxa, mas eu conheço a minha situação atual, não preciso dessa etapa”. Mas será mesmo? Analise as perguntas a seguir e veja se você consegue responder a todas elas, com muita certeza:

  • Você sabe o quanto entra e o quanto sai de dinheiro todo mês?
  • Se eu te perguntasse qual o seu saldo ao final de um mês, você saberia me responder com clareza?
  • Você sabe quais são seus gastos fixos e variáveis, e o quanto eles representam da sua renda?
  • Se você tem dívidas, sabe o custo efetivo total delas?
  • Você sabe dizer no que você poderia economizar se a sua situação financeira apertasse?
  • Você tem uma planilha ou aplicativo ou mesmo um caderno onde faz esse acompanhamento?

Bom, se você conseguiu responder a todas essas perguntas, e tem certeza de que as respostas estão certas, PARABÉNS, você já deu o primeiro passo para o seu sucesso financeiro. Mas se você, assim como a grande maioria dos brasileiros, ainda sente que falta uma organização melhor dessa etapa, finalmente chegou o momento de dar esse passo tão importante rumo ao sucesso. Então vamos lá.

 

1. Faça um orçamento detalhado

Esse orçamento é extremamente importante, porque ele te dará uma visão ampla de quanto e onde está gastando. Eu particularmente gosto muito de usar o Excel para montar uma planilha financeira, mas hoje existem vários aplicativos que podem te ajudar com essa organização também, ou mesmo, um caderno e uma caneta. O importante é você conseguir consolidar em um mesmo lugar, todas essas informações que vamos falar a seguir.

 

2. Informe a sua renda

Olhar e analisar os seus gastos é muito importante, mas tão importante quanto, é entender se eles estão adequados à renda que você recebe. Por isso, nessa etapa, informe todos os valores que compõem a sua renda mensal. O total da sua renda será a base para o planejamento financeiro que veremos a seguir.

 

3. Separe os gastos por categorias

Agora, vamos começar a destrinchar para onde o seu dinheiro está indo. Faça uma divisão dos seus custos para facilitar a visualização. Segue abaixo uma ideia de divisão para te ajudar:

  • Gastos fixos (ex: aluguel, IPTU, seguro do carro etc.) – é aquele gasto que você tem todo mês e sabe exatamente o valor que terá que pagar.
  • Gastos variáveis (ex: conta de luz, água, telefone etc.) – é aquele gasto que você também tem todo mês, mas o valor pode variar mês a mês a depender do consumo.
  • Gastos supérfluos (ex: café na padaria, roupa nova etc.) – é aquele gasto que não necessariamente terá uma recorrência, e que tem muito mais a ver com “eu quero” do que com “eu preciso”.
  • Dívidas (ex: financiamento, cheque especial, rotativo do cartão de crédito etc.)
  • Investimentos

Essa etapa vai fazer com que você tenha uma maior clareza de como a sua renda é distribuída dentro do seu mês. Você vai conseguir entender melhor se por exemplo, está gastando muito com moradia, ou se boa parte do seu dinheiro está sendo gasto com coisas pequenas do dia a dia, e você nem percebe.

Mas e aí, o que fazer com toda essa análise em mãos?

 

4. Saia das dívidas

Toda dívida é ruim? Não necessariamente. Algumas dívidas podem sim fazer sentido, mas outras, precisamos e devemos focar grande esforços para nos livrarmos delas o quanto antes. Como então saber quais manter, e quais quitar? Na verdade, é bem simples. Quanto mais cara for a dívida, ou seja, quanto maior forem os juros pagos, mais ela entra na frente para ser quitada primeiro. Geralmente, dívidas como cheque especial e rotativo do cartão possuem juros altíssimos, então, o quanto antes você quitá-las, melhor. Já dívidas como financiamento imobiliário, onde os juros costumam ser mais baixos, em alguns momentos pode fazer sentido mantê-las, principalmente se a taxa de juros Selic estiver mais alta, pois ao investir esse recurso, você recebe um juro superior ao do seu financiamento.

E depois dessa etapa?

 

5. Redefinindo o seu orçamento mensal

Muito do que você vai encontrar na internet sobre planejamento financeiro vai te mostrar a regra de 50 / 30 / 20, em que você deveria destinar 50% da sua renda para gastos fixos, 30% para gastos variáveis e 20% para metas e dívidas. Ela é super válida e se você achar que faz sentido, pode seguir com ela. Mas eu gosto de levar em conta mais algumas categorias, então fica aqui minha sugestão, caso queira utilizá-la:

55% para despesas essenciais – aqui, o ideal é colocar tudo o que você considera essencial. Muito provavelmente entrarão todos ou quase todos os seus custos fixos e variáveis.

20% para objetivos de médio e longo prazos – lembra das metas? Aqui ficará a caixinha que fará com que você busque realizar várias das suas metas e objetivos definidos.

10% para aposentadoria – sim, a aposentadoria fica numa caixinha separada dos objetivos de longo prazo, porque aqui, a ideia é ter um montante exclusivo para te dar o padrão de consumo que você deseja quando a idade chegar.

10% para “se divertir” – a ideia aqui é que não devemos deixar de lado coisas que gostamos de fazer e que na maioria das vezes são consideradas supérfluas, como por exemplo, sair para jantar em um restaurante bom, ir ao cinema ou comprar uma roupa. Dentro do primeiro modelo 50 / 30 / 20 fica um pouco mais difícil saber onde incluir esses gastos, então definir um percentual apenas para ele acaba ajudando bastante, e fazendo com que não deixemos de “curtir” um pouco a vida no dia a dia também.

5% para educação + extras – destinar um valor para estarmos sempre aprendendo coisas novas e nos aperfeiçoando é fundamental inclusive para que sua renda possa aumentar ao longo do tempo. Então seja a compra de um livro, um curso de investimentos ou aquela aula de inglês para se tornar fluente, tenha em mente que é importante destinar um valor para o seu autodesenvolvimento.

 

Considerações finais

A análise da sua situação atual é fundamental para a busca de uma boa saúde financeira. Com essa análise, você vai conseguir entender para onde o seu dinheiro está indo e fazer os ajustes necessários para caminhar em direção aos seus sonhos e objetivos. No próximo artigo, vamos falar sobre o próximo passo, que é construir a sua reserva de emergência. Até lá!

 


 

Disclaimers

A situação de cada investidor é única e você deve considerar seus objetivos de investimento, tolerância ao risco e horizonte de tempo antes de fazer qualquer investimento. Investir envolve risco e você pode incorrer em um lucro ou perda, independentemente da estratégia selecionada. O conteúdo acima não é uma recomendação para comprar ou vender qualquer ativo individual ou qualquer combinação de ativos. Qualquer informação não é um resumo completo ou declaração de todos os dados disponíveis necessários para tomar uma decisão de investimento e não constitui uma recomendação.

Oferta de serviços intermediada por Avenue Securities DTVM. Avenue Securities Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. (“Avenue Securities DTVM”) é uma distribuidora de valores mobiliários brasileiros, devidamente autorizada pelo Banco Central do Brasil (“BCB”) e pela comissão de Valores Mobiliários (“CVM”). Os saldos disponíveis em Reais são mantidos na Avenue Securities DTVM Ltda., uma instituição financeira regulada. Os fundos detidos pela Avenue Securities DTVM não são cobertos pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos). Veja todos os avisos importantes: https://avenuesecdev.avenuesec.io/termos/.

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