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No Brasil o termo “come-cotas” é muito utilizado na indústria de fundos. E não é por menos que isso ocorre. Resumidamente, ele é um adiantamento do Imposto de Renda sobre o lucro obtido com o fundo, cobrado semestralmente, todo último dia útil de maio e novembro.

Nesse artigo iremos explorar um pouco mais sobre ele, e como investir em fundos que não possuem o come-cotas.

 

O que é o Come-Cotas?

Como foi comentado, o come-cotas é um recolhimento antecipado de imposto de renda feito pelo Governo Federal. Esse jargão foi criado a partir do seu funcionamento: todo último dia útil de maio e novembro é realizada uma tributação automática sobre os ganhos obtidos durante o período. Assim, a Receita Federal diminui a quantidade de cotas que o investidor possui equivalente ao valor do imposto, que é retido diretamente na fonte. Desse modo, ficou popularmente conhecido como “Come-Cotas”.

O come-cotas incide sobre os seguintes fundos no Brasil: Fundo DI, Renda fixa, Multimercado, Crédito Privado e Cambiais. Ou seja, caso o investidor possua algum desses fundos no dia 31 de maio ou 30 de novembro, terá incidência desse adiantamento do imposto. Importante salientar que o imposto é sobre o rendimento no período e não sobre o montante, considerando o período de aplicação.

 

Qual alíquota cobrada?

O imposto pode variar de 15% até 20%, a depender da categoria do fundo:

  • Caso seja um fundo de Curto Prazo, possuindo títulos com um vencimento médio abaixo de 1 ano, o come-cotas é de 20%
  • Caso seja um fundo de Longo Prazo, possuindo títulos com um vencimento médio acima de 1 ano, o come-cotas é de 15%

 

Qual o impacto do Come-Cotas?

A princípio, pode parecer algo irrelevante, apenas um adiantamento de imposto que seria pago no futuro. Todavia, quando olhamos mais a fundo, é possível entender que a diminuição das cotas faz com que o efeito de juros sobre juros, ou compounding, seja interrompido. Usando números hipotéticos:

Suponha que em um fundo de investimento que você possua 500 cotas, e cada cota vale R$ 10. Isso totaliza R$5000. Se cada cota valorizar R$1, para R$11, na primeira data de come-cotas você terá um patrimônio total de R$5500, e pagará 20% de imposto, caso seja de curto prazo, em cima do seu lucro de R$500. Isso totaliza R$100 de tributos, que correspondem a um pouco mais de 9 cotas que você possui. Nessa situação o governo vai “comer” essas cotas, e você não terá mais 500, mas sim 490,9 cotas para os próximos períodos, sendo assim, os rendimentos ocorrerão em cima do montante total de R$5400, e não dos R$5500.

Esse exemplo ilustra que os juros compostos são brevemente interrompidos a cada 6 meses, prejudicando sua rentabilidade com o passar dos anos.

 

Como investir sem Come-Cotas?

Existem alguns fundos isentos de come-cotas dentro do Brasil:

Fundos de ações: São fundos que investem pelo menos 67% do seu patrimônio em ações

Fundos long-short: Esse é um tipo de fundo de ações que, ao menos tempo, consegue comprar uma ação e vender uma outra, uma operação de “mão dupla”

Fundos de previdência: Focados em aposentaria, essa classe de fundos não possui come-cotas, e dependendo do regime tributário, pode chegar a ter uma alíquota de imposto de renda mínima de 10%

Fundos de debentures incentivadas: Por investir em ativos isentos de imposto para pessoa física, também não possuem come-cotas

Fundos de investimento no exterior: Essa categoria engloba todos os fundos que são sediados fora do Brasil. Como o imposto de come-cotas é algo exclusivo das terras brasileiras, é possível investir em fundos de renda fixa, multimercado, entre muitos outros de forma direta sem a tributação antecipada.

 

Como investir em fundos no exterior

O primeiro passo para investir em fundos no exterior é abrir uma conta em uma corretora de investimentos americana, como a Avenue, onde existem mais de 600 fundos de investimentos disponíveis, das maiores gestoras do mundo, como BlackRock, PIMCO, JP Morgan, Franklin Templeton entre outras. O valor mínimo para acessar os fundos dentro da plataforma é de US$ 1000.

 

Considerações Finais

Através desse artigo foi possível entender melhor a dinâmica do come-cotas, os fundos em que ele incide e seu impacto na rentabilidade. Por isso é necessário sempre um olhar crítico e criterioso no momento de escolha do investimento, sempre de acordo com o seu objetivo e perfil de investidor.

 

Referências

Come-cotas: o que é e como evitar a cobrança do imposto? (cnnbrasil.com.br)

O que é come-cotas e como funciona a cobrança? – InfoMoney

 

Disclaimers:

A situação de cada investidor é única e você deve considerar seus objetivos de investimento, tolerância ao risco e horizonte de tempo antes de fazer qualquer investimento. Investir envolve risco e você pode incorrer em um lucro ou perda, independentemente da estratégia selecionada. O conteúdo acima não é uma recomendação para comprar ou vender qualquer ativo individual ou qualquer combinação de ativos.

Qualquer informação não é um resumo completo ou declaração de todos os dados disponíveis necessários para tomar uma decisão de investimento e não constitui uma recomendação. Os investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os investidores.

Todo tipo de investimento, incluindo fundos, envolve risco. Risco refere-se à possibilidade de que você perderá dinheiro (tanto principal quanto qualquer ganho) ou não consiga ganhar dinheiro com um investimento. A mudança das condições do mercado pode criar flutuações no valor de um investimento em fundos. Além disso, existem taxas e despesas associadas ao investimento em fundos que geralmente não ocorrem na compra de ativos individuais diretamente

Avenue Securities Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. (“Avenue Securities DTVM”) é uma distribuidora de valores mobiliários brasileira devidamente autorizada pelo Banco Central do Brasil (“BCB”) e pela Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) Os saldos disponíveis em Reais são mantidos na Avenue Securities DTVM Ltda., uma instituição financeira regulada. Os fundos detidos pela Avenue Securities DTVM não são cobertos pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos).

 

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