Eleições Americanas e o impacto na geopolítica regional
06/09/2024
Com as eleições americanas com data para o dia 5 de novembro de 2024, todos os países do mundo ficam ansiosos para os resultados. Afinal, as mudanças na gestão pública dos Estados Unidos também trazem impactos na geopolítica mundial, principalmente na América Latina.
Para explicar melhor os desdobramentos que antecedem as eleições americanas, Thiago de Aragão ministrou uma palestra no evento Avenue Connection 2024. O objetivo foi pontuar o que mais pode impactar o Brasil e o mundo, principalmente no que diz respeito aos investimentos nos mercados de ações.
Neste artigo, vamos apresentar um resumo do que Thiago de Aragão apresentou sobre Eleições Americanas e Geopolítica Regional. Acompanhe e saiba mais sobre o assunto!
O especialista começou falando sobre como a realização de uma análise geopolítica é fundamental para compreender as relações internacionais. Por isso, é preciso considerar um conjunto de elementos que interferem nas estratégias entre os países, principalmente quando o assunto é investimento.
Dentre os elementos que mais se sobressaem na relação entre diferentes nações, segundo Thiago, especialmente os Estados Unidos, é possível ressaltar:
Considerando a análise geopolítica, a disputa comercial e econômica entre os Estados Unidos e a China está em destaque quando o assunto é relação internacional. Thiago explicou que, historicamente, acreditou-se que a prosperidade na economia era uma motivação para a democracia, porém, não foi o resultado encontrado nas relações entre esses países.
Após o colapso do Lehman Brothers, as linhas de crédito da China aumentaram, assim como a sua influência internacional. Com isso, foi se tornando uma potência do continente asiático e conseguiu perder, cada vez mais, a dependência que tinha com outros países.
Nesse momento, a China aproveitou para fortalecer suas relações comerciais, financeiras e tecnológicas com outros continentes, como a África e a América Latina. Atualmente, os países da LATAM contam com um fluxo bidirecional com a economia chinesa, o que beneficia a entrada de bens manufaturados e a saída de commodities.
Desse modo, a rivalidade entre os EUA e a China só cresce na busca por alianças com outros países. A Índia é um dos focos de suas políticas externas, principalmente do ponto de vista geopolítico e militar, explicou o especialista, o que pode trazer impactos nas relações internacionais chinesas, a depender dos resultados das eleições. Afinal, há diferenças na visão dos republicanos e dos democratas em relação ao país.
Thiago de Aragão deu enfoque também em como os resultados das eleições americanas interferem em vários eventos globais. Ou seja, tudo vai além da relação entre Estados Unidos e China, e o conflito na Ucrânia foi um exemplo usado. Outro impacto causado pela dinâmica política dos EUA é na disputa pelo lítio, principalmente em países da América Latina, como Argentina, Chile e Bolívia.
O profissional destacou também que a percepção pública do presidente que vencer as eleições americanas pode afetar os preços e os mercados globais. Por esse motivo, é importante acompanhar o desenrolar das eleições.
A dinâmica das eleições americanas aponta preferências eleitorais por dois candidatos: Donald Trump e Kamala Harris. As estratégias de campanha de ambas as opções se voltam para motivar ou desencorajar o voto dos eleitores. Afinal, o sistema eleitoral dos EUA é aberto e cada indivíduo pode escolher se vota ou não.
A polarização se mostra forte, e Thiago acredita ser pela dificuldade de confiabilidade nas pesquisas, pois não capturam os sentimentos de todos os eleitores. Desse modo, ainda é difícil estimar os resultados dessa eleição.
Confira um pouco mais sobre as estratégias de campanha de cada um dos candidatos!
Kamala Harris, atual vice-presidente dos EUA, está em destaque nas pesquisas. A advogada criou uma narrativa em torno da autonomia das mulheres e do aborto. Desse modo, Thiago ressaltou que a candidata conversa com um público amplo de diferentes demográficas e influencia os estados decisivos.
Kamala também conta com grandes fundos de campanha dos doadores democratas. Esse apoio financeiro foi visto como um benefício para promover seus ideais e influenciar os eleitores que ainda estão indecisos.
Já Trump assume uma postura mais moderada, segundo Thiago, diferentemente do perfil de suas campanhas dos anos anteriores. Agora, o candidato minimiza a retórica e, aos poucos, conquista progressos nos estados.
Em vez de atacar Joe Biden, o candidato está mantendo uma visão estratégica. Ainda assim, foca em diminuir cada vez mais a credibilidade de Kamala Harris, com base no histórico de sua concorrente, para ter uma vantagem competitiva.
Em suma, o que Thiago voltou a frisar é que os resultados das eleições americanas podem interferir em outros países, principalmente nas relações comerciais e nas alianças. A América Latina está entre as principais regiões que podem ser afetadas pelas mudanças do governo dos Estados Unidos. Portanto, é fundamental acompanhar as novidades para ter mais estratégias nos investimentos, conforme o contexto geopolítico regional.
Saiba mais sobre o que esperar das eleições americanas. Assista, na íntegra, a palestra de Thiago de Aragão para a Avenue Connection 2024!
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