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Por

Tomás Roque

Formado em Economia pela UNESP com distinção e extensão em Business na Tampere University - Finlândia. Possui as certificações CGA, CGE e Series 99

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Qual é a melhor estratégia de investimentos? Essa é uma pergunta que muitos devem se fazer, mas poucos têm uma resposta concreta para ela. Enquanto algumas estratégias se saem melhor em cenário econômico mais estável, outras se beneficiam de momentos de turbulências e caos.

Dois autores muitos influentes no mundo das finanças buscaram explicar melhor essas estratégias, e chegaram no modelo conhecido como “Fatores”. O Factor Investing, como é chamado em inglês, foi primeiro desenvolvido pela dupla Eugene Fama e Kenneth French, economistas americanos. Inclusive, o prêmio Nobel de Economia de 2013 foi dado à Fama, por conta do seu estudo sobre a hipótese dos mercados eficientes.

Os três fatores que eles identificaram foram: Capitalização das empresas, o preço delas relativo ao seu valor contábil e o retorno de mercado. O foco desse artigo não será explicar como funciona esse modelo, isso pode ficar para uma outra ocasião. O intuito é explicar alguns desses fatores e outros que são comumente utilizados em estratégias de investimentos no mercado.

 

Como funciona a estratégia do Factor Investing?

Investir em fatores pode parecer complexo no início, mas basicamente é escolher ativos que sigam algumas características específicas, buscando um retorno superior ao mercado no decorrer do tempo.

Um exemplo seria investir em empresas de pequena capitalização, ou Small Caps. Ainda nesse assunto, temos um artigo feito pela Juliana Benvenuto que se aprofunda nesse tema Small Caps: o que são e como investir nos EUA (avenue.us).

Outra possibilidade é escolher empresas consideradas “baratas” quando comparadas com seus pares. Ou até comprar ações que subiram nos últimos tempos, fator conhecido como “momento”. Vamos conhecer alguns desses fatores:

 

Fator Tamanho:

Citado no famigerado artigo de Fama-French, esse fator tem relação com o valor de mercado das empresas. É possível dividir em 4 categorias:

 

Large Caps

São empresas de maior valor de mercado, geralmente aquelas que possuem mais de US$ 10 bilhões de capitalização. Esse valor é comumente discutido, não é necessariamente uma regra, mas é uma faixa comum utilizada pelo mercado.

 

Mid Caps

Como o próprio nome indica, são empresas de capitalização média. Geralmente se encaixam dentro dessa categoria empresas entre US$ 2 bilhões e US$ 10 bilhões.

 

Small Caps

Essa classe talvez seja a mais conhecida, e tem um motivo para isso. De acordo com artigo de Fama-French, investir em empresas de capitalização menor gerou retornos maiores durante um prazo mais longo. São consideradas small caps empresas com valor de mercado entre US$ 250 milhões e US$ 2 bilhões.

 

Micro Caps

Existem empresas ainda menores, conhecidas como micro caps, que são negociadas em bolsa. Costumam ter menos de US$ 250 milhões de valor de mercado, e são consideradas mais arriscadas, dado seu tamanho.

 

Fator Valor:

Para explicar melhor esse fator, o primeiro ponto é entender o que é valor intrínseco. De forma resumida, seria o valor que a empresa deveria valer, a partir do cálculo e premissas do analista. Caso, em seu resultado, ela tenha um valor intrínseco maior que o que de mercado que ela está sendo negociada, estaria barata.

Dentro do blog da Avenue existe um artigo completo sobre esse fator específico, muito citado pelo oráculo do Omaha, Warren Buffet. Value Investing: a estratégia de investimentos de Warren Buffett (avenue.us)

 

Fator Momento:

Esse último fator que será tratado no artigo não foi endereçado por Fama-French, mas é muito utilizado, especialmente com o advento da tecnologia. Chamado de momentum, sua ideia consiste em investir em empresas que tiveram uma alta considerável nos últimos tempos, explorando a lei da inércia da física, onde um corpo em movimento tende a continuar seu movimento.

Esse fator tende a capturar tendências de prazo mais curto, aonde uma ação vem performando bem nos últimos tempos, e, de acordo com esse fator, deve continuar com essa força no curto prazo.

 

Considerações Finais:

Primeiro ponto importante é lembrar que essas são possíveis estratégias utilizadas por investidores no mercado, não uma recomendação de qual é melhor. Trazendo um exemplo, abaixo é possível ver o gráfico do desempenho do fator momentum (verde), valor (laranja) e large caps (turquesa) nos últimos 3 anos.

Fonte: Trading View

 

Há ainda muito estudo a ser desenvolvido no mercado sobre fatores, novas estratégias podem surgir no futuro, enquanto outros podem se mostrar mais eficazes. Porém isso leva tempo, por isso é importante acompanhar essas novas estratégias, sempre presentes em artigos acadêmicos.

 

Referências:

Fama and French Three Factor Model Definition: Formula and Interpretation (investopedia.com)

Factor Investing: acesse a Estratégia das Grandes Gestoras | Exame

Small-Cap Stocks vs. Large-Cap Stocks: What’s the Difference? (investopedia.com)

Microcaps: conheça esse tipo de ação em detalhes | Nord News (nordinvestimentos.com.br)

Factor+Factsheets+Momentum.pdf (msci.com)

 

Disclaimers:

A situação de cada investidor é única e você deve considerar seus objetivos de investimento, tolerância ao risco e horizonte de tempo antes de fazer qualquer investimento. Investir envolve risco e você pode incorrer em um lucro ou perda, independentemente da estratégia selecionada. O conteúdo acima não é uma recomendação para comprar ou vender qualquer ativo individual ou qualquer combinação de ativos.

Qualquer informação não é um resumo completo ou declaração de todos os dados disponíveis necessários para tomar uma decisão de investimento e não constitui uma recomendação. Os investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os investidores.

Todo tipo de investimento, incluindo fundos, envolve risco. Risco refere-se à possibilidade de que você perderá dinheiro (tanto principal quanto qualquer ganho) ou não consiga ganhar dinheiro com um investimento. A mudança das condições do mercado pode criar flutuações no valor de um investimento em fundos. Além disso, existem taxas e despesas associadas ao investimento em fundos que geralmente não ocorrem na compra de ativos individuais diretamente

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Tomás Roque

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