Taxa de câmbio: o que é, tipos e como é calculada
20/12/2023
Você sabe o que é a taxa de câmbio? Em uma análise inicial esse termo pode parecer um pouco técnico, especialmente para as pessoas que estão começando a explorar o mundo das finanças, investimentos e economia. No entanto, trata-se de algo simples.
De maneira resumida, podemos dizer que o câmbio é a relação de valor entre uma moeda e outra. Ela determina, portanto, quantos reais você precisa para, por exemplo, comprar um dólar.
Esse conceito é importante para quem faz investimentos no exterior ou mesmo planeja compras ou viagens internacionais – o Avenue Banking, por exemplo, permite abrir e manter uma conta corrente nos Estados Unidos, em dólar comercial, sem sair do Brasil.
Pensando nisso, neste conteúdo explicaremos o que é, qual sua importância, abordaremos os tipos de câmbio e também como o cálculo é feito. Boa leitura.
Podemos dizer que a taxa de câmbio é a relação entre o preço de duas moedas – como o câmbio de real para dólares, de dólares para euros, e assim por diante. Desse modo, o câmbio sinaliza a quantia necessária para adquirir dinheiro de outro país.
Esse preço não é o mesmo para operações de compra e venda de moeda – as cotações de venda costumam ser um pouco superiores às cotações de compra.
Existem dois tipos principais de câmbio: o câmbio comercial, utilizado principalmente por empresas e governos, e o câmbio turismo, muito conhecido por quem viaja ao exterior. Acompanhe esse post para entender mais.
Ela é fundamental para determinar o valor de uma moeda em relação a outra. Desse modo, acompanhar o câmbio você pode entender o quanto determinada moeda está se valorizando ou não no mercado.
Existem muitos fatores que podem influenciar no câmbio. O custo do dinheiro envolve a situação macroeconômica e microeconômica dos dois países envolvidos diretamente no câmbio, além de poder reagir a notícias internacionais de modo geral. Portanto, entram inúmeras variáveis nessa conta, o que explica a dificuldade de economistas em todo o mundo em acertar projeções de câmbio.
Geralmente, em momentos de crise econômica, os investidores tendem a procurar moedas fortes, como o dólar e o euro, devido à segurança econômica. Desse modo, há uma tendência de valorização dessas moedas nesses momentos.
Por outro lado, quando o momento econômico mundial é favorável, as pessoas tendem a estar mais dispostas a arriscar. Com isso, os investidores podem buscar alocar o seu capital em outros países, contribuindo para valorizar moedas de países classificados como emergentes, por exemplo.
É indicado entender a diferença entre os dois tipos de câmbio para que você possa fazer os cálculos utilizando os valores corretos para as suas necessidades. Por esse motivo, na sequência, vamos explorar esse tema com detalhes.
Câmbio comercial
Essa é a taxa que normalmente é divulgada nos noticiários.
Como o próprio nome sinaliza, essa taxa é usada essencialmente em operações comerciais, sendo utilizada como referência no mercado para transações efetuadas entre empresas e países. Por meio dessa cotação é que se recebe ou faz o pagamento das importações, por exemplo.
Desse modo, quando o dólar comercial se valoriza, por exemplo, quem exporta produtos poderá vender por um preço maior no mercado internacional. Por outro lado, os importadores podem ter que fazer investimentos maiores na hora da compra.
Quando o dólar se desvaloriza ocorre exatamente o oposto para os exportadores e importadores.
Operações entre empresas e países não é o único caso em que se usa o dólar comercial. Pessoas físicas também podem ter acesso a esse câmbio em determinadas situações.
Essa é a cotação utilizada na Avenue, acrescida de spread, seja para transferir recursos para sua conta de investimentos ou para sua conta bancária, podendo utilizar os recursos em compras internacionais ou viagens. Isso é possível porque a Avenue é uma instituição sediada nos Estados Unidos.
O Banco Central calcula diariamente a média das operações do câmbio comercial realizadas naquele dia. Essa média é o que forma a taxa PTAX. Você pode acompanhar a cotação do dólar comercial no site do Banco Central.
Câmbio turismo
O câmbio turismo é o mais conhecido pelas pessoas físicas. Isso porque ele é utilizado para transações de compra e venda de moeda estrangeira para quem deseja viajar para o exterior, nas casas de câmbio.
O câmbio turismo normalmente é mais caro que o comercial – basta comparar a PTAX para o dólar comercial com a taxa do dólar turismo praticada em qualquer casa de câmbio.
Isso porque essa transação inclui um intermediário adicional, a casa de câmbio, e é preciso incluir custos administrativos e financeiros, como custos de segurança, impostos, entre outros.
Vale mencionar que o volume movimentado nesse tipo de operação é menor do que no câmbio comercial, o que também influencia no preço.
Desse modo, caso deseje viajar ao exterior, uma alternativa para ter acesso ao dólar comercial é abrir uma conta em uma empresa americana, como a Avenue.
Quando se fala em taxa de câmbio, você pode encontrar diferentes modos de se referir a essas taxas. Por esse motivo, é importante entender como é feito o cálculo. Veja quais são:
Taxa de câmbio nominal
A taxa nominal é a mais conhecida por ser a taxa de câmbio sem tarifas e impostos, como o IOF, por exemplo. Ela representa o conceito que explicamos anteriormente: o custo de uma moeda em relação a outra. Desse modo, quando falamos que 1 dólar custa R$ 5,00, estamos nos referindo à taxa de câmbio nominal.
Valor Efetivo Total (VET)
Ao realizar uma operação de câmbio, essa é a taxa final que será considerada na operação. Portanto, é ela que você sempre deve observar antes de seguir com a sua operação.
Ela inclui, por exemplo, o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que pode chegar a 4,38% em cartões de crédito ou em travel cards, por exemplo – na Avenue, o IOF para envio de dólares é de 0,38% para a conta de investimentos e de 1,1% para a conta bancária.
Taxa de câmbio real
A taxa de câmbio real é pouco acompanhada entre pessoas físicas, sendo mais comum entre economistas e empresas, por exemplo.
Mas ela representa um conceito importante para entender o verdadeiro poder de compra de uma moeda em relação a outra. Isso porque a taxa de câmbio real ajusta a taxa nominal pela inflação dos dois países considerados no câmbio.
Se, por exemplo, o real apresenta uma pequena valorização sobre o dólar, mas a inflação brasileira avança a um ritmo ainda maior e superior à inflação americana, o poder de compra do brasileiro nos Estados Unidos, na prática, diminuiu.
Além dos tipos de câmbio, existem também os regimes cambiais. O conhecimento dos regimes cambiais é importante, pois eles determinam como as moedas podem se comportar em um determinado país.
Veja três tipos mais comuns:
Câmbio fixo
O câmbio fixo é determinado pela autoridade monetária do país para manter a moeda local em paridade com outra moeda.
Esse regime cambial tem como objetivo a estabilização do câmbio em relação a uma moeda forte, como o dólar ou o euro. Entre alguns dos efeitos desejados com isso, por exemplo, é o controle da inflação.
Para manter o valor fixo, a autoridade monetária atua no mercado comprando e vendendo a própria moeda, de modo a controlar a oferta e a demanda no mercado e, assim, manter a paridade entre as moedas.
Por isso, quando se adota essa política cambial, é importante se manter atento às reservas cambiais, uma vez que elas servem como instrumento para a manutenção do regime.
Câmbio flutuante
Nesse regime, não há interferência direta do governo. Desse modo, o próprio mercado se encarrega por determinar o valor do câmbio e isso é feito baseado na lei da oferta e procura.
Há algumas situações em que o Banco Central pode atuar no mercado de câmbio. Neste caso, a atuação não tem como objetivo controlar o preço do câmbio – ela ocorre apenas quando a autoridade monetária entende que há um mau funcionamento do mercado.
Esse é o regime cambial adotado no Brasil atualmente.
Câmbio administrado
No câmbio administrado (você também pode encontrar referências como câmbio atrelado), a autoridade monetária interfere no câmbio com o objetivo de controlar as variações das taxas de câmbio.
Nesse regime, é comum adotar determinado limite mínimo e máximo para a cotação da moeda. Esse intervalo é conhecido como banda cambial.
Assim como no câmbio fixo, para adotar essa prática é preciso contar com reservas internacionais para o Banco Central fazer a compra e venda da moeda, inclusive em cenários de crises econômicas locais ou mundiais.
A taxa de câmbio é um conceito fundamental para investidores, consumidores globais, turistas ou para qualquer um que se interesse pelo funcionamento da economia.
Por esse motivo, é indicado entender o conceito e acompanhar a evolução comparativa das moedas, para que você consiga planejar a sua vida financeira.
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