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Por

William Castro

Formado em economia pela UFRGS – RS. Em 2004, iniciou sua carreira na Solidus Corretora, com passagens pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Foi sócio, analista-chefe e um dos principais porta-vozes da XPInvestimentos. Também foi sócio e líder de gestão da VGRGestão de Recursos. Possui as certificações Series 7 e 24. É estrategista-chefe, sócio e porta voz da Avenue desde 2018.

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RESUMO

Semana passada foi uma semana mais curta com o feriado da Sexta-Feira Santa ou como chamamos aqui nos EUA a “Good Friday”. No entanto, mais do que o desempenho da semana cabe aqui fazer um balanço geral do trimestre que se encerrou na quarta-feira.

Vamos a um resumo do desempenho do mercado:

Índices. O S&P 500 teve uma alta de +5,8%, o Dow Jones +7,8% e o Nasdaq +2,8%. Essas diferentes variações no trimestre já dão o tom do que vimos no mercado. Ou seja, de uma rotação setorial em favor dos setores industriais, cíclicos (petróleo e materiais básicos) e financeiro, em detrimento de tecnologia. A rotação deu o tom, seguindo na esteira da expectativa de reabertura da economia. O gráfico abaixo leva em conta o desempenho da quinta e por isso os valores de variação percentual não batem com o exposto acima. Ainda assim serve como forma de visualizar o movimento – Dow Jones na linha vermelha, S&P linha preta e Nasdaq linha azul.

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REITs. Os Reits também tiveram um bom desempenho. O ETF VNQ (Vanguard Real Estate Index Fund) oferece uma boa forma de medir o desempenho dessa classe de ativos, uma vez que representa mais de dois terços do mercado de REITs nos EUA. No trimestre ele apresentou alta de 8,2% puxado pelo bom desempenho dos REITs de varejo, escritórios e residenciais – seguindo a linha da expectativa de reabertura da economia e da pujança do mercado imobiliário americano.

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Bonds. No universo de bonds (títulos de dívidas) o impacto da alta nas curvas de juros futuros americanos acabou pesando sobre o desempenho dessa classe de ativos. O BND (Vanguard Total Bond Market Index Fund) oferece uma boa forma de medir o desempenho dessa classe, dado que sua carteira possui títulos de dívidas de empresas e países. No trimestre vimos uma queda de 3,9%.

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VIX. Passado a posse do presidente Joe Biden vimos a volatilidade e a aversão a risco se reduzir, alcançando os menores níveis desde o período pré-pandemia.

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Ouro. Como reflexo da redução da volatilidade (menor aversão a risco) e com a alta dos yields dos títulos longos americanos, vimos o ouro tendo um desempenho fraco no trimestre com queda de 9,6%.

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Commodities. As commodities em nível agregado tiveram um bom desempenho com uma alta de 9,4% no trimestre – o índice aqui utilizado para medir isso é o Dow Jones Commodity Index.

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Grande parte dessa boa performance pode se explicar pelo salto no preço do barril de petróleo (WTI), que saiu de US$48,52 para fechar o trimestre em US$ 59,16, representando uma alta de 21,9%.

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Emergentes. Esse cenário positivo até que pode ter ajudado no desempenho agregado dos mercados emergentes que tiveram alta de 3,2% – medido pelo EEM (iShares MSCI Emerging Markets ETF). No entanto, tal alta não foi percebida pela bolsa brasileira que caiu 2% no período, saindo de 119.017 pontos para fechar o trimestre nos 116.634 pontos. O gráfico abaixo compara o desempenho dos emergentes (linha vermelha) com o Ibovespa (linha verde).

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Índice dólar e o dólar contra o real. Desafiando muitas projeções e a despeito de toda preocupação com a emissão de moeda e os estímulos monetários que o governo americano tem dado, o dólar se valorizou contra uma cesta de moedas globais. A alta foi de 3,6% – medida pelo índice dólar.

A explicação aqui me parece simples:

(i) As perspectivas de crescimento para economia americana superam a maioria das economias desenvolvidas;

(ii) Essa expectativa ganha respaldo no avanço rápido da vacinação nos EUA a qual permite uma reabertura mais rápida da economia.

Esses dois fatores em conjunto podem ter sido a razão do fortalecimento do dólar nesse primeiro trimestre.

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E contra o real não foi diferente. Apesar do otimismo do início do ano, vimos os casos de covid aumentar, a economia fechar e a instabilidade política se elevar no Brasil. Nesse cenário o dólar se valorizou 8,4% contra o real, saindo de R$5,19 e fechando o trimestre em R$5,63.

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Em linhas gerais podemos dizer que o investimento no mercado americano se mostrou mais uma vez uma decisão acertada, seja pela valorização observada no câmbio (alta do dólar ante o real) seja pela alta das bolsas americanas.

Além disso, o acesso global permite exposição a outros mercados emergentes e commodities que também apresentaram retorno positivo. Por outro lado, investimentos mais conservadores, como é o caso da renda fixa e do ouro, deixaram a desejar nesse trimestre.

Nunca é demais lembrar que rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura e que nada garante que o futuro se repetirá nesse trimestre.

Que venha o próximo trimestre!

 

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Até semana que vem.

WILLIAM CASTRO ALVES

Por

William Castro

Formado em economia pela UFRGS – RS. Em 2004, iniciou sua carreira na Solidus Corretora, com passagens pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Foi sócio, analista-chefe e um dos principais porta-vozes da XPInvestimentos. Também foi sócio e líder de gestão da VGRGestão de Recursos. Possui as certificações Series 7 e 24. É estrategista-chefe, sócio e porta voz da Avenue desde 2018.

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