Avenue

Por

William Castro

Formado em economia pela UFRGS – RS. Em 2004, iniciou sua carreira na Solidus Corretora, com passagens pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Foi sócio, analista-chefe e um dos principais porta-vozes da XPInvestimentos. Também foi sócio e líder de gestão da VGRGestão de Recursos. Possui as certificações Series 7 e 24. É estrategista-chefe, sócio e porta voz da Avenue desde 2018.

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VISÃO DO ESTRATEGISTA

RESUMO

Diria que tivemos uma semana bem mista na bolsa americana.

Começamos a semana vendo as ações em queda e um susto com um certo “crash” no mercado de criptomoedas. Os motivos? Será mesmo que existem motivos ou isso faz parte da dinâmica natural de mercado? A meu ver, isso é algo normal.

O fato da semana no campo macro foi a ata do FED, que abriu espaço para especulações de que em algum momento seu programa de compra de títulos do mercado se reduza. Em outras palavras, o FED começa a preparar terreno para retirada de alguns estímulos que foram dados durante a pandemia. Algo normal e em linha com a retomada a normalidade da economia americana. Na semana os índices fecharam da seguinte forma: Dow Jones DJIA -0,51%, o S&P 500 -o,43% e o NASDAQ 0,31%.

CRIPTO

Talvez o destaque da semana tenha ficado por conta da volatilidade do mercado de cripto, por diversos motivos: tweets de Elon Musk, China barrando o seu uso… Mas o fato é esse mercado é intrinsecamente volátil e o e quem investe nele, ou de forma correlata, deve estar preparado para esse sobe e desce. O gráfico abaixo do Visual Capitalist, que agrega as quedas da bitcoin, ajuda a entender isso.

 

Visual Capitalist.

 

MACRO: SEGUE “ON TRACK”?

Voltando a economia mais “real” tivemos dados diversos essa semana. O dado de licenças de construção veio mais fraco do que o esperado na terça. O FED da Filadélfia reportou uma surpreendente queda na atividade industrial na quinta e na sexta o dado de vendas de casas usadas também decepcionou. Por outro lado, os pedidos de auxílio desemprego vieram melhores que o esperado e os PMIs divulgados na sexta foram positivos– confira a agenda completa aqui.

Qual o impacto e conclusão disso?

A explicação para um dado de atividade industrial mais fraco reside nas dificuldades de supply chain, que algumas camadas da indústria vêm enfrentando. Isso é normal em uma recuperação que não é uniforme entre setores e geografias. Vale lembrar que o ritmo de abertura de outros países é diferente dos EUA. Não obstante, a guerra de semicondutores tem impactos diversos sobre setores atrasando entregas – vide o gráfico abaixo que mostra que o tempo de espera entre o pedido e a chegada do chip as fábricas vêm aumentando.

Bloomberg.

 

Com isso, muitas fabricas estão atrasando entregas e, obviamente, isso afeta a leitura do dado econômico, que acaba vindo menor que o esperado.

The Daily Shot

 

Ainda assim, entendo que a recuperação da economia americana esteja totalmente on track, como mostra o gráfico abaixo da Oxford Economics, que quebra entre diversos vetores/agentes da economia.

The Daily Time.

 

Não obstante, seguimos vindo uma redução nos pedidos de auxílio desemprego, o que reforça a tese de uma recuperação saudável.

CNBC.

 

E as dificuldades que citei, ajudam a reforçar o que o FED vem comentando: a economia americana segue se recuperando, mas de maneira não uniforme. Ainda há espaço para manter suas políticas monetárias expansionistas, o que é bom para o mercado de ações.

BOLSA

Do lado do mercado a safra de balanços se aproxima do fim, ainda que tenhamos importantes empresas divulgando seus números nessa semana que se inicia. No entanto, em linhas gerais as empresas surpreenderam positivamente o mercado e suas margens de lucro atingiram patamares historicamente altos – vide gráfico.

The Daily Shot.

 

E é interessante notar que, apesar de uma economia que segue se recuperando e balanços que mostraram números fortes, a bolsa não está nas máximas e o sentimento por parte do mercado parece ser o do medo – veja o dado do Fear and Greed Index do CNN.

CNN.

 

Se a história nos ensina algo, uma das lições que deveríamos aprender, é que quedas no mercado de ações são totalmente normais. Veja o gráfico abaixo:

The Daily Shot.

 

Hoje o que vemos no mercado é o mesmo medo que sempre observamos quando as ações caem. Então me parece que estamos diante de uma janela de oportunidade…

JANELA DE OPORTUNIDADE

Volatilidade ainda em patamar baixo, dólar em baixa e algumas ações americanas caíram … me parece que, provavelmente, temos uma janela de oportunidade para o investidor brasileiro começar no maior mercado do mundo. Deixe-me explicar melhor: clique aqui e veja o material que preparamos para vocês.

 

REITS EM FOCO

Semana passada falamos bastante dos REITS em nosso podcast e lives diárias. Para quem se interessa pelo assunto, acesse para saber mais sobre o investimento no mercado imobiliário americano:

 LEITURAS INTERESSANTES…

  • Update de portfólio bilionário. Leon Cooperman é um investidor bilionário americano e gestor da Omega Advisors, que tem sede em Nova Iorque, e mais de US$ 3 bilhões sob gestão. Essa semana tivemos atualização do seu portfólio com novas papeis compondo a sua carteira. Leia mais sobre.
  • Resumo de resultado. Na época de balanços sempre temos muitas movimentações nas ações. Analisar um balanço pode não ser uma coisa trivial nem simples, mas o site AlphaStreet faz um resumo bem visual que facilita a vida. Confira.
  • Bolha das SPACs? Nos últimos 12 meses o mercado americano observou um volume de emissões de ações maior que na época da bolha das .com. Alguns atribuem às SPACs. Leia mais sobre.
  • Batom bombando? Com a redução do uso de máscaras nos EUA, e em alguns outros países, a venda de batons saltou. Confira.
  • Uma foto dos investidores de cripto nos EUA. Para os interessados no mundo das criptos o site Gemini.com oferece de forma gratuita um relatório com informações bem completas sobre o tema. Confira.

 

Até semana que vem.

William Castro Alves

Por

William Castro

Formado em economia pela UFRGS – RS. Em 2004, iniciou sua carreira na Solidus Corretora, com passagens pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Foi sócio, analista-chefe e um dos principais porta-vozes da XPInvestimentos. Também foi sócio e líder de gestão da VGRGestão de Recursos. Possui as certificações Series 7 e 24. É estrategista-chefe, sócio e porta voz da Avenue desde 2018.

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