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Por

William Castro

Formado em economia pela UFRGS – RS. Em 2004, iniciou sua carreira na Solidus Corretora, com passagens pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Foi sócio, analista-chefe e um dos principais porta-vozes da XPInvestimentos. Também foi sócio e líder de gestão da VGRGestão de Recursos. Possui as certificações Series 7 e 24. É estrategista-chefe, sócio e porta voz da Avenue desde 2018.

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Hoje, (21/08/2024) foi divulgada a minuta da última reunião do FOMC (comitê de política monetária americano), de julho, na qual o comitê decidiu manter as taxas de juros inalteradas.

Em linhas gerais, os comentários e destaques dessa ata indicam a disposição ou a elevada probabilidade do Fed em mudar sua política monetária e começar a reduzir os juros nos EUA na próxima reunião de 18 de setembro de 2024.

Embora todos os diretores do Federal Open Market Committee (FOMC) tenham votado para manter as taxas de juros inalteradas, houve uma inclinação entre um número não especificado de diretores que era a favor de dar início ao ciclo de flexibilização monetária na reunião de julho ao invés de esperar até setembro. O cerne da questão continuam sendo a evolução favorável dos dados de inflação e o monitoramento dos dados de trabalho. O ajuste fino nas taxas deriva do mandato duplo do Fed em controlar a inflação e manter condições favoráveis para um mercado de trabalho saudável. Mas, o que pudemos ver nessa ata foi um aumento das preocupações com o mercado de trabalho e a desaceleração da economia o que corrobora a percepção de aumento de probabilidade de cortes de juros.

 

Alguns destaques da ata:

  • “A grande maioria” dos participantes da reunião de 30 a 31 de julho “observou que, se os dados continuassem chegando conforme o esperado, provavelmente seria apropriado flexibilizar a política na próxima reunião”;

 

  • “Vários participantes da reunião observaram que o progresso recente na inflação e os aumentos na taxa de desemprego forneceram um caso plausível para reduzir a taxa de referência em 25 pontos base” (0,25%);

 

  • “Com relação à perspectiva de inflação, os participantes julgaram que dados recentes aumentaram sua confiança de que a inflação estava se movendo de forma sustentável em direção a 2%”;

 

  • “Quase todos os participantes observaram que os fatores que contribuíram para a desinflação recente provavelmente continuariam a pressionar a inflação para baixo nos próximos meses.”;

 

  • “A maioria dos participantes observou que os riscos para a meta de emprego aumentaram, e muitos participantes notaram que os riscos para a meta de inflação diminuíram”;

 

  • “Alguns participantes notaram o risco de que uma flexibilização gradual nas condições do mercado de trabalho pudesse transitar para uma deterioração mais séria”.

 

Impacto e Leitura

  • O impacto nos mercados foi brando e em geral vimos os mercados manterem a tendência já observada durante o dia;
  • Os yields dos títulos de dívida americana cederam em linha com o movimento ao longo do dia;
  • Os índices acionários seguiram em leve alta;
  • O dólar (índice DXY) apresentou leve desvalorização e se manteve estável frente ao Real;
  • A ata acabou por reforçar a visão já existente do mercado de que haverá cortes na reunião de setembro, sem trazer grandes novidades. A dúvida neste momento é mais relativa à magnitude dos cortes (se 0,25% ou 0,5%) do que sobre se haverá ou não uma flexibilização da política monetária do Fed.

 

William Castro Alves

Estrategista-chefe da Avenue Securities

 

 

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