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Foi divulgada a minuta da última reunião do FOMC (comitê de política monetária americano) quando o comitê decidiu manter as taxas de juros inalteradas, mas que trouxe novas projeções para economia americana e culminou com o aumento de apostas de cortes de juros. Abaixo os highlights:

  • A ata indicou que foram feitos “progressos claros” contra a inflação. Como exemplo a média de 6 meses de gastos de consumo pessoal (indicador PCE de inflação) ficou abaixo da meta de 2% do Fed nos últimos meses.
  • No entanto, o documento também observou que o progresso tem sido “desigual” entre setores, com energia e bens essenciais se movendo para baixo, mas os serviços essenciais ainda se movendo para cima.
  • Com isso as autoridades expressaram a possibilidade de cortes de juros em 2024, ainda que sem nenhum indicativo concreto de quando isso possa acontecer.
  • De acordo com o dot plot do Fed (gráfico de pontos) as autoridades apontam para 3 cortes de 25 bps em 2024, com a taxa podendo encerrar num range de 4,75% a 5,00%.
  • No entanto o nível de incerteza sobre como, ou se, isso acontecerá permanece bastante elevado.

“Os participantes em geral enfatizaram a importância de manter uma abordagem cuidadosa e dependente de dados para tomar decisões de política monetária e reafirmaram que seria apropriado que a política permanecesse em uma postura restritiva por algum tempo até que a inflação estivesse claramente se movendo para baixo de forma sustentável em direção ao objetivo do Comitê”, diz a ata.

 

Impacto e Leitura

A ata do FOMC apenas reforçou aquilo que já se imaginava, de uma postura mais conservadora e ainda de cautela e indecisão por parte das autoridades monetárias acerca de quando ou em que magnitude os juros possam vir a ceder. Vimos impactos reduzidos no mercado, tanto de juros quanto bolsa.

Apesar da visão cautelosa dos dirigentes do Fed, os mercados seguem apostando e precificando que o banco central corte agressivamente os juros em 2024. Atualmente as negociações de juros futuros dos Fed funds apontam para 6 cortes para um intervalo de 3.75-4%.

Seguimos vendo uma discrepância entre o que o mercado precifica e antecipa e aquilo que as autoridades monetárias defendem ou apontam para economia. Nesse sentido, ainda hoje, na quarta-feira (03/jan) o presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, também expressou cautela observando que existem diversos riscos para conseguir entregar o chamado soft landing (crescimento da economia com menos inflação).

  

William Castro Alves

Estrategista-chefe da Avenue Securities

 

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