Avenue

Por

William Castro

Formado em economia pela UFRGS – RS. Em 2004, iniciou sua carreira na Solidus Corretora, com passagens pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Foi sócio, analista-chefe e um dos principais porta-vozes da XPInvestimentos. Também foi sócio e líder de gestão da VGRGestão de Recursos. Possui as certificações Series 7 e 24. É estrategista-chefe, sócio e porta voz da Avenue desde 2018.

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  • Conforme esperado, o Banco Central americano manteve a taxa básica de juros americana em um range entre 5,25% e 5,50%.

 


 

  • No entanto, em suas projeções econômicas, o FOMC elevou sua estimativa para as taxas de juros ao fim de 2024 e 2025 (vide imagem abaixo) e apontou ainda para uma maior projeção de inflação em 2024 e 2025.


Fonte: Federal Reserve – 12/jun/2024

 

  • Ou seja, o FOMC reduziu sua projeção de cortes de juros para 2024 de 3 cortes para apenas 1 corte – vide imagem abaixo do gráfico de pontos.


Fonte: zerohedge on X – 12/jun/2024

 

Impacto.

  • Yields dos títulos americanos seguiram cedendo, refletindo o dado de inflação que havia sido divulgado mais cedo.
  • Índice dólar acelerou a queda após o comunicado e passou a ceder frente ao Real.
  • Bolsas, em geral, reagiram de forma negativa, reduzindo a alta que vinham observado ao longo do dia.

 

Destaques:

No comunicado, que acompanha a decisão, vimos algumas mudanças, sendo a mais importante a que se refere ao modesto progresso obtido nos indicadores de inflação. Sendo assim, cria-se a justificativa para mudança na projeção de juros, incorporando menos cortes em 2024.

Por outro lado, o FOMC adota uma postura mais agressiva para 2025 – no gráfico de pontos comitê indicou quatro reduções totalizando um ponto percentual em 2025.

Outro ponto de destaque se deu na projeção para a taxa de juros de longo prazo, aquela que é considerada taxa de juros neutra de longo prazo a qual não impulsiona nem restringe o crescimento. Essa taxa subiu de 2,6% para 2,8%, em um sinal de expectativas de juros mais altos a longo prazo.

A leitura é de que o comitê segue comprometido com o combate à inflação e que precisa ver mais evolução nos dados para substanciar uma mudança em sua política monetária. Apesar de ter sido recebido de forma negativa para o mercado de risco no curto prazo, entendemos que a decisão, bem como as mudanças nas projeções, é coerente com o cenário inflacionário.

 

William Castro Alves

Estrategista-chefe da Avenue

 

 

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