Avenue

Por

William Castro

Formado em economia pela UFRGS – RS. Em 2004, iniciou sua carreira na Solidus Corretora, com passagens pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Foi sócio, analista-chefe e um dos principais porta-vozes da XPInvestimentos. Também foi sócio e líder de gestão da VGRGestão de Recursos. Possui as certificações Series 7 e 24. É estrategista-chefe, sócio e porta voz da Avenue desde 2018.

Compartilhe este post

Hoje, (09/10/2024) foi divulgada a minuta da última reunião do FOMC (comitê de política monetária americano), de setembro, quando o comitê optou por cortar a taxa referência de juros americana em 50 bps para um range entre 4,75% a 5,00%.

Em linhas gerais, os dirigentes do Federal Reserve concordaram em cortar as taxas de juros em setembro, na magnitude de 0,50 p.p., com apenas um dirigente votando a favor de um corte mais tímido de 0,25 p.p.. Uma das diretoras, Michelle Bowman, votou contra o corte de meio ponto, optando por 0,25 p.p., sendo essa a primeira vez que um dirigente discordou da votação desde 2005. No entanto, a ata demonstrou que houve certa discussão e/ou dúvidas acerca da magnitude do corte.

 

“Alguns participantes observaram que teriam preferido uma redução de 25 pontos-base da faixa-alvo nesta reunião, e alguns outros indicaram que poderiam ter apoiado tal decisão”, afirmou a ata.

“Vários participantes observaram que uma redução de 25 pontos-base estaria em linha com um caminho gradual de normalização da política que daria aos formuladores de políticas tempo para avaliar o grau de restritividade da política conforme a economia evoluísse”, acrescentou o documento. “Alguns participantes também acrescentaram que um movimento de 25 pontos-base poderia sinalizar um caminho mais previsível de normalização da política.”

 

A ata comenta que a decisão a favor dos 0,5 p.p. se deve ao progresso na inflação e do equilíbrio de riscos no mercado de trabalho. A ata mostrou ainda que uma “maioria substancial dos participantes” favoreceu o movimento maior. Em relação à defesa desse corte de maior magnitude a ata comenta:

 

“em melhor alinhamento com os indicadores recentes de inflação e do mercado de trabalho” e que “tal movimento ajudaria a sustentar a força da economia e do mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que continuaria a promover o progresso na inflação, e refletiria o equilíbrio de riscos”.

 

Ponto relevante, é que olhando à frente a ata não demonstrou convicção ou um consenso acerca da velocidade desses cortes. Pode-se dizer que a ata reforçou a postura do presidente Jerome Powell, o qual fez questão de reforçar que o ritmo de corte foi uma recalibração da política monetária e, segundo ele mesmo indicou, não deveria ser visto como um novo ritmo ou tendência acerca dos cortes futuros. As projeções publicadas pelo Fed na última reunião do FOMC apontam, na média, para um total de cortes de 0,50 p.p. até o final do ano, podendo acontecer nas próximas duas reuniões, com a taxa encerrando o ano entre um range entre 4,25% a 4,50%. As mesmas projeções precificam mais 1 p.p. de cortes para 2025. Tal definição, no entanto, segue dependendo da evolução dos dados de inflação e emprego nos próximos meses. A evolução futura do ciclo de cortes de juro dependerá também da discussão dos membros do Fed relativamente a qual seria a taxa neutra de estabilidade de longo prazo para o Fed, e do ritmo de crescimento (ou falta dele) da economia americana.

Em termos de impacto no mercado, vimos uma reação neutra à publicação da ata.

 

William Castro Alves

Estrategista-chefe da Avenue Securities

 


 

DISCLAIMER

A Avenue Securities LLC é membro da FINRA e da SIPC. Oferta de serviços intermediada por Avenue Securities DTVM. Veja todos os avisos importantes sobre investimento: https://avenue.us/termos/.

As expressões de opinião são a partir desta data e estão sujeitas a alterações sem aviso prévio. Não há garantia de que estas declarações, opiniões ou previsões aqui fornecidas se mostrem corretas. Este material está sendo fornecido apenas para fins informativos. Qualquer informação não é um resumo completo ou uma declaração de todos os dados disponíveis necessários para tomar uma decisão de investimento e não constitui uma recomendação.

 Não há garantia de que essas opiniões ou previsões aqui fornecidas se mostrem corretas.

Os links estão sendo fornecidos apenas para fins informativos. A Avenue não é afiliada e não endossa, autoriza ou patrocina nenhum dos sites listados. A Avenue não é responsável pelo conteúdo de qualquer site ou pela coleta ou uso de informações sobre os usuários de qualquer site.

Por

William Castro

Formado em economia pela UFRGS – RS. Em 2004, iniciou sua carreira na Solidus Corretora, com passagens pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Foi sócio, analista-chefe e um dos principais porta-vozes da XPInvestimentos. Também foi sócio e líder de gestão da VGRGestão de Recursos. Possui as certificações Series 7 e 24. É estrategista-chefe, sócio e porta voz da Avenue desde 2018.

Baixar o app e abrir conta
chat de atendimento Fale com a gente