Avenue

Por

William Castro

Formado em economia pela UFRGS – RS. Em 2004, iniciou sua carreira na Solidus Corretora, com passagens pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Foi sócio, analista-chefe e um dos principais porta-vozes da XPInvestimentos. Também foi sócio e líder de gestão da VGRGestão de Recursos. Possui as certificações Series 7 e 24. É estrategista-chefe, sócio e porta voz da Avenue desde 2018.

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Ontem foi realizado o primeiro debate entre os dois candidatos à presidência da república dos EUA, o ex-presidente Donald Trump e a atual vice-presidente Kamala Harris.

Havia grande expectativa com o debate dada a menor experiência de Kamala Harris em tais eventos, e ao fato de que no último debate, o presidente Joe Biden apresentou uma performance considerada muito fraca, o que causou sua desistência da campanha à reeleição. No entanto, o que vimos foi uma Kamala bastante preparada e afiada em suas respostas. Apesar de muitos argumentarem que os condutores do debate a favoreceram, a verdade é que, fazendo uma leitura do debate, vimos uma performance melhor de Kamala, a qual conseguiu apresentar suas propostas e atacar seu oponente com maior eloquência. Como reflexo disso, vimos em diversas fontes (casas de apostas, além de enquetes no Twitter e a medição da Bloomberg abaixo) apontando que ela se saiu vitoriosa no debate.


Fonte: @M_McDonough on X 10/set/2024

 

Dado esse cenário, Kamala apresentou melhora nas bolsas de apostas (Polymarket, Predictit) e uma recuperação frente aos números das últimas semanas, que davam leve vantagem a Trump. Com isso, o cenário segue bastante indefinido e a disputa parece empatada, com o resultado final e bastante imprevisível.


Fonte: Polymarket.com 11/set/2024

 

Highlights de alguns temas do debate:

 

Economia

Kamala usou muito a expressão de uma “Economia de Oportunidades” a qual, segundo ela, tem como principais medidas: a redução de impostos para família de baixa renda; auxílio fiscal de até US$ 6 mil/ano para famílias com crianças; redução de impostos a pequenas empresas; incentivos financeiros para compra da primeira casa. Ela culpou ainda Trump pela destruição de postos de trabalho e por uma balança comercial extremamente deficitária contra a China.

Trump, por sua vez, reforçou suas propostas já conhecidas, ou seja, manter a redução de impostos corporativos estabelecidos por ele e que vencem agora em 2025; imposição de tarifas a China e a outros produtos importados, ainda que não tenha especificado quais alíquotas ou quais produtos seriam contemplados com tal medida. Ele se defendeu em relação a questão dos postos de trabalho com a questão da Covid, responsável pelo aumento do desemprego.

 

Petróleo e Relações Geopolíticas

Trump usou da questão dos combustíveis fósseis, petróleo e geopolítico para atacar Kamala e o atual governo. Ele reforçou sua intenção de incentivar o setor petroleiro e sua necessidade para diversificação da matriz energética americana e redução da dependência de outros países. Na questão geopolítica, o ex-presidente culpou a atual gestão pelos diversos conflitos existentes no mundo atualmente – Israel versus Hammas, guerra da Ucrânia e investidas de China e Coréia do Norte.

Kamala apelou a um cessar-fogo na Faixa de Gaza, sem definir como isso se daria, ou qual o papel do presidente dos EUA em tal evento. Ela ainda ressaltou o apoio ao “direito de Israel se defender”, mas pontuou a morte de inocentes na Faixa de Gaza. Sua postura é a das intervenções geopolíticas através dos parceiros americanos e organismos multilaterais, ao invés do approach de Trump de negociar diretamente com os países. Na questão do petróleo ela reforçou a necessidade do incentivo a energias alternativas (como solar e eólica), e negou que fosse contra a exploração de petróleo ou os processos de fraturamento hidráulico na Pensilvânia.

 

Imigração

Esse foi o tema mais comentado pelo ex-presidente Trump, o qual ressaltou que o governo federal tem a prerrogativa e o direito fechar as fronteiras e expulsar imigrantes ilegais. Trump culpou Kamala por aquilo que chamou de invasão de imigrantes ilegais, relacionando o tema ao aumento da criminalidade no país e ao aumento do custo de vida. Para Kamala, esse era um tema delicado, uma vez que ela foi direcionada pelo presidente Biden a tratar o tema. A vice-presidente não apresentou novas propostas e buscou defender sua ação na questão, direcionando parte da culpa do aumento de imigrantes ilegais aos republicanos, os quais, segundo ela, teriam sido responsáveis por não aprovar uma medida no Congresso que direcionaria 1,5 mil novos policiais a fronteira.

 

Aborto e direitos reprodutivos

Tema de grande relevância para Kamala, no qual ela explorou em diversos pontos do debate, sempre reforçando sua posição de que as mulheres devem ter a liberdade de decidir sobre a continuidade de uma gravidez. Trump também afirmou apoiar tais direitos, especialmente em casos de exceção como o estupro por exemplo. Mas o ex-presidente reforçou a defesa da decisão da Suprema Corte que transferiu tal decisão para os Estados, ou seja, de que a legislação sobre o tema deva se dar em cada estado e não em nível federal.

 

William Castro Alves

Estrategista-Chefe da Avenue

 


 

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