Avenue

Por

William Castro

Formado em economia pela UFRGS – RS. Em 2004, iniciou sua carreira na Solidus Corretora, com passagens pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Foi sócio, analista-chefe e um dos principais porta-vozes da XPInvestimentos. Também foi sócio e líder de gestão da VGRGestão de Recursos. Possui as certificações Series 7 e 24. É estrategista-chefe, sócio e porta voz da Avenue desde 2018.

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Expectativa x Realidade (Fonte)

Expectativa: criação de 164 mil postos de trabalho;

Realidade: foram criados 142 mil postos de trabalho não agrícola.

Expectativa de salários: +0,3% m/m e +3,7% a/a;

Realidade: ganho médio por hora trabalhada de +0,4% e +3,8%, respectivamente.

 

Expectativa de taxa de desemprego: 4,2%;

Realidade: taxa de desemprego foi de 4,2%.

 

Impacto

– Yields dos títulos americanos cedem com enfraquecimento do mercado de trabalho;

– Mercado dede futuros também cedendo;

– Índice dólar se desvaloriza com DXY caindo, e USD-BRL também cedendo cerca de 0,5%.

 

Leitura e Abertura

O relatório de emprego de Agosto veio com dados relativamente mistos, mas ainda assim com os menores dados de criação de trabalho pesando mais que o resto. Por um lado, a criação de emprego para o mês não só veio levemente abaixo do esperado (142k frente a expectativa de 164k) mas além disso o número de Julho, o qual já tinha sido substancialmente pior que as expectativas, foi revisto para baixo de 114k para 89k. Esses números dão sinais que, de fato, o ritmo de contratação no mercado está desacelerando, o que pode ser interpretado como um sinal de abrandamento da atividade econômica.

Ainda assim, o desemprego mês a mês caiu de 4,3% para 4,2%, em linha com a expectativas do mercado. Isso por sua vez parece indicar que, apesar do menor volume de contratação, aparentemente o mercado ainda está num nível de desemprego saudável e que os despedimentos não estão aumentando. Os dados de salários também vieram acima das expectativas (+0,4% m/m e +3,8% a/a), mostrando que o trabalhador americano continua, na média, a ter ganhos reais de salário acima da inflação, o que dá suporte à saúde dos consumidores.     

O mercado continua ajustando as suas expectativas para cortes de juros na reunião de 18 de Setembro e o mercado. De acordo com o CME FedWatch Tool, as probabilidades de um corte de 0,5% na próxima reunião passaram a ser maiores que o corte de 0,25% (51% vs 49%). Nesse sentido vemos a curva de juros do tesouro americano cedendo na abertura. O mercado de ações reagiu de forma negativa perante esse cenário de possível desaceleração econômica que os menores dados de payroll põem indicar.

 

William Castro Alves

Estrategista-Chefe da Avenue

 


 

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