Payroll: relatório de emprego dos EUA – Dezembro
10/01/2025
Por
William Castro
Formado em economia pela UFRGS – RS. Em 2004, iniciou sua carreira na Solidus Corretora, com passagens pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Foi sócio, analista-chefe e um dos principais porta-vozes da XPInvestimentos. Também foi sócio e líder de gestão da VGRGestão de Recursos. Possui as certificações Series 7 e 24. É estrategista-chefe, sócio e porta voz da Avenue desde 2018.
Expectativa x Realidade
Expectativa de criação entre 164 mil postos de trabalho;
Dado anterior havia mostrado criação de 212 mil postos de trabalho;
Foram criados 256 mil postos de trabalho.
Expectativa para taxa de desemprego: 4,2%;
Taxa de desemprego observada: 4,1%.
Expectativas para os salários: +4,0% anual e +0,3% mensal;
Salários cresceram +3,9% na comparação anual e +0,3% na comparação mensal.
Leitura e Impacto
O relatório de emprego dos EUA, mostrou números muito acima do esperado (256 mil versus 164 mil) em termos de criação de postos de trabalho em dezembro e, ainda, queda da taxa de desemprego, a qual também surpreendeu (4,1% versus 4,2% esperado). Números fortes que surpreenderam e geraram impactos no mercado:
- Vimos uma forte alta nos yields dos títulos de dívida americanos.
- Os índices acionários cederam fortemente.
- O dólar se valoriza cerca de 0,5% no DXY (dólar vs cesta de moedas), e contra o Real também sobe atingindo os R$ 6,10.
Por outro lado, tivemos os salários aumentando em linha com o esperado na comparação mensal em 0,3%, e abaixo do esperado na comparação anual em 3,9%. Além disso, as revisões para meses anteriores foram menos substanciais do que observado recentemente – o número de outubro foi revisado para cima em 7 mil enquanto o número de novembro foi revisado para baixo em 15 mil.
Abrindo o dado, vimos que o crescimento de empregos veio dos segmentos de assistência médica (+46 mil), lazer e hospitalidade (+43 mil), governo (+33 mil) e o varejo (+43 mil).
Os números fortes do Payroll reforçam a visão de que a economia americana segue firme e que há menos espaço para cortes mais agressivos de juros. Não obstante, existe um ambiente de incerteza muito grande referente aos potenciais impactos de novas medidas que tendem a ser anunciadas nas próximas semanas com o presidente eleitor, Donald Trump, assumindo a Casa Branca. Esse tem sido o principal vetor para o movimento dos juros e dólar no curto prazo em nossa visão. Refletindo isso temos visto uma escalada nos juros de vértices mais longos nos EUA o qual ajuda a sustentar o dólar e acabam pressionando o desempenho da bolsa no curto prazo.
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@willcastroalves
Estrategista-chefe da Avenue Securities
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William Castro
Formado em economia pela UFRGS – RS. Em 2004, iniciou sua carreira na Solidus Corretora, com passagens pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Foi sócio, analista-chefe e um dos principais porta-vozes da XPInvestimentos. Também foi sócio e líder de gestão da VGRGestão de Recursos. Possui as certificações Series 7 e 24. É estrategista-chefe, sócio e porta voz da Avenue desde 2018.
