PCE: Índice de Preços das Despesas de Consumo Pessoal – Outubro
27/11/2024
Por
William Castro
Formado em economia pela UFRGS – RS. Em 2004, iniciou sua carreira na Solidus Corretora, com passagens pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Foi sócio, analista-chefe e um dos principais porta-vozes da XPInvestimentos. Também foi sócio e líder de gestão da VGRGestão de Recursos. Possui as certificações Series 7 e 24. É estrategista-chefe, sócio e porta voz da Avenue desde 2018.
Expectativa x Realidade
Expectativa Índice cheio: +0,2% m/m e +2,3% a/a;
Índice: +0,2% e +2,3%, respectivamente.
Expectativa do Núcleo: +0,3% m/m e +2,8% a/a;
Núcleo: +0,3% e +2,8%, respectivamente.
Leitura e Impacto
O índice de inflação mais acompanhado pelo Fed mostrou uma inflação totalmente em linha com o esperado pelo mercado em todas as diferentes medições. O índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE) aumentou 0,2% no mês e mostrou uma taxa de inflação em 12 meses de 2,3%. Excluindo alimentos e energia, ou seja, olhando o seu núcleo, a inflação segue rodando a um nível mais elevado, com aumento de 0,3% na base mensal e 2,8% na leitura anual. Olhando além dos preços, o dado mostrou que despesas dos consumidores aumentaram 0,4% no mês, também em linha com o previsto; já a renda pessoal saltou 0,6%, bem acima da estimativa de 0,3%; e a taxa de poupança pessoal caiu para 4,4%, empatada com a menor desde janeiro de 2023.
A inflação segue apresentando uma tendência benigna, ainda que em um ritmo lento em decorrência da resiliente atividade e inflação no setor de serviços. Quando falamos em trajetória benigna nos referimos a evolução ao longo dos últimos 30 meses – após atingir pico de 7,2% em junho de 2022, a inflação segue cedendo até o patamar atual de 2,3%. Entendemos que os riscos para inflação seguem existindo, em especial, no que se refere a visão prospectiva e as possíveis políticas tarifárias do futuro governo de Donald Trump. Com isso, entendemos que a atual postura cautelosa do mercado se justifica – nos referimos aqui a precificação mais conservadora da curva de juros americana, a qual imprime um menor volume de cortes de juros em 2025.
Abrindo o dado, vemos que a inflação segue sendo puxada pelos preços de serviços que subiram 0,4% enquanto os bens apresentaram uma deflação de 0,1%.
O impacto o mercado foi sentido especialmente nos yields dos títulos de dívida americano, os quais cederam após o dado. O índice dólar cede; mas contra o Real se valoriza, atingindo R$ 5,84.
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@willcastroalves
Estrategista-chefe da Avenue Securities
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William Castro
Formado em economia pela UFRGS – RS. Em 2004, iniciou sua carreira na Solidus Corretora, com passagens pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Foi sócio, analista-chefe e um dos principais porta-vozes da XPInvestimentos. Também foi sócio e líder de gestão da VGRGestão de Recursos. Possui as certificações Series 7 e 24. É estrategista-chefe, sócio e porta voz da Avenue desde 2018.
