Expectativa x Realidade

Expectativa para as vendas no varejo: +0,3% m/m;

Realidade: vendas no varejo cresceram +0,4%.

Expectativa para o núcleo das vendas no varejo: +0,1 m/m;

Realidade: índice veio em +0,5%.

 

Impacto

• Os yields dos títulos de dívida americano apresentaram alta (juros mais elevados);
• Os índices acionários repercutem de forma positiva ao dado;
• O índice do dólar se valorizou, mas opera estável em relação ao real.

 

Leitura e Abertura

As vendas no varejo superaram expectativas, com alta tanto no índice cheio quanto em seu núcleo. O crescimento foi de 0,4% em setembro, acima do ganho não revisado de 0,1% em agosto e da previsão de 0,3%. Excluindo automóveis, as vendas aceleraram 0,5%, superando a expectativa de 0,1%. Em relação ao ano anterior, as vendas acumulam alta de 1,7% nos últimos 12 meses.

Abrindo o dado, o crescimento foi impulsionado por um aumento de 4% em lojas de varejo diverso, 1,5% em lojas de roupas e 1% em bares e restaurantes. No lado negativo, as vendas caíram 1,6% nos postos de gasolina, refletindo a queda nos preços, e também houve declínios em lojas de eletrônicos e eletrodomésticos (-3,3%) e em móveis e artigos para o lar (-1,4%).

 

Além disso, hoje também foram divulgados outros 2 indicadores:

• Os pedidos iniciais de seguro-desemprego totalizaram 241 mil, de acordo com o Departamento do Trabalho, um declínio de 19 mil e menor do que a estimativa de 260 mil. O número surpreendeu, considerando que os pedidos caíram mesmo após os furacões Helene e Milton, que afetaram o sudeste dos EUA;
• O Fed da Filadélfia relatou que o índice de atividade industrial subiu para 10,3 em outubro, bem acima dos 1,3 de setembro e da previsão de 3,0.

 

Esses dados reforçam a percepção de que a economia dos EUA está vivenciando um cenário de “soft landing”, com desaceleração gradual da inflação, mas mantendo uma atividade econômica firme. Como resultado, as apostas em cortes mais agressivos na taxa de juros diminuíram, levando a ajustes nas curvas de juros após as recentes quedas nos yields. De acordo com a ferramenta do CME Group, 91% do mercado espera um corte de 0,25 p.p. na próxima reunião de novembro.

 

@willcastroalves

Estrategista-chefe da Avenue Securities

 

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