Vendas no varejo seguem fortes, mas sem grande impacto no mercado
17/09/2024
Por
William Castro
Formado em economia pela UFRGS – RS. Em 2004, iniciou sua carreira na Solidus Corretora, com passagens pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Foi sócio, analista-chefe e um dos principais porta-vozes da XPInvestimentos. Também foi sócio e líder de gestão da VGRGestão de Recursos. Possui as certificações Series 7 e 24. É estrategista-chefe, sócio e porta voz da Avenue desde 2018.
Expectativa x Realidade
Expectativa para as vendas no varejo: -0,2% m/m;
Realidade: vendas no varejo cresceram 0,1%.
Expectativa para o núcleo das vendas no varejo: +0,2 m/m;
Realidade: índice veio em +0,1%.
Leitura, Impacto e Abertura
As vendas no varejo americano se mostraram levemente mais fortes do que o esperado em agosto, com os consumidores mostrando resiliência em meio a temores de uma retração econômica. As vendas cresceram 0,1% em agosto, melhor do que a previsão de um declínio de 0,2% – ainda que bem abaixo do ganho revisado para cima de 2,3% em julho. Já o núcleo, o qual exclui automóveis, as vendas aumentaram 0,1%, ligeiramente abaixo da estimativa de consenso de 0,2%.
O dado de vendas no varejo trouxe interpretação dúbia. Se por um lado mais forte que o esperado, excluindo automóveis o dado ficou aquém. Em suma, o consumidor americano segue consumindo, o que é positivo, e a queda dos preços da energia tem ajudado a manter o consumo aquecido apesar da desaceleração do mercado de trabalho. Entendemos que o dado não muda em nada o cenário para a reunião e decisão de juros pelo FOMC amanhã (quarta-feira).
O impacto no mercado foi modesto. Os yields dos títulos de dívida americana sobem levemente nos vértices curtos e intermediários (1 a 10 anos), mas cedem nos vértices longos (20 e 30 anos). O dólar apresenta leve valorização e opera praticamente estável ante o Real, ajustando expectativas com os juros para o curto prazo. Os futuros americanos operam em tons mistos com alta para o Dow Jones e S&P 500 e queda para o Nasdaq.
Abrindo o dado, os gastos aumentaram 1,7% para lojas diversas e 1,4% para varejistas online; a queda dos preços do petróleo resultou em menores vendas nos postos de gasolina (-1,2% nas receitas), enquanto as vendas em lojas de roupas e móveis caíram 0,7% cada.
@willcastroalves
Estrategista-chefe da Avenue Securities
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William Castro
Formado em economia pela UFRGS – RS. Em 2004, iniciou sua carreira na Solidus Corretora, com passagens pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Foi sócio, analista-chefe e um dos principais porta-vozes da XPInvestimentos. Também foi sócio e líder de gestão da VGRGestão de Recursos. Possui as certificações Series 7 e 24. É estrategista-chefe, sócio e porta voz da Avenue desde 2018.
