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Por

William Castro

Formado em economia pela UFRGS – RS. Em 2004, iniciou sua carreira na Solidus Corretora, com passagens pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Foi sócio, analista-chefe e um dos principais porta-vozes da XPInvestimentos. Também foi sócio e líder de gestão da VGRGestão de Recursos. Possui as certificações Series 7 e 24. É estrategista-chefe, sócio e porta voz da Avenue desde 2018.

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Sem surpresas, o Banco Central americano cortou a taxa básica de juros americana em 25bps (-0,25%), para um range entre 4,50%-4,75%.


 

Fonte: Trading Economics – 07/nov/2024

 

Impacto

A curva de juros americana já precificava o corte de 25 pontos base, e os yields dos títulos americanos apresentaram uma leve queda em resposta à decisão.

O índice dólar (índice DXY) apresentou uma leve alta logo após o comunicado, enquanto o dólar frente ao real se manteve estável.

As bolsas americanas, em geral, S&P, Nasdaq e Russel 2000, reagiram de forma neutra.

 

Comunicado

No comunicado que acompanha a decisão, o Federal Reserve destacou um ritmo menos agressivo no corte das taxas, agora em 0,25 ponto percentual, com uma decisão unânime, contrastando com a última votação que teve dissidências. O Fed também ajustou seu tom ao afirmar que “os riscos para atingir suas metas de emprego e inflação estão equilibrados”, substituindo o posicionamento de “maior confiança” adotado em setembro. A atividade econômica continua sólida, com alguma flexibilização no mercado de trabalho e uma leve alta na taxa de desemprego, que ainda se mantém baixa. A inflação avançou rumo à meta de 2%, mas segue moderadamente elevada.


Fonte: Nick Timiros on X – 07/nov/2024

 

Leitura

O corte de 25 bps veio dentro das expectativas do mercado, que já precificava esse ajuste, e trouxe um tom mais cauteloso do Fed. A leitura predominante é que o Comitê busca uma abordagem preventiva, suavizando o ritmo de cortes para ajustar a política monetária de modo a sustentar o emprego sem esperar uma deterioração mais severa do mercado de trabalho. A decisão unânime e a mudança no tom sobre os riscos, agora vistos como “equilibrados”, reforçam o compromisso do Fed em atingir a meta de inflação sem provocar uma desaceleração brusca da economia.

 

Resumo dos principais pontos da coletiva de Jerome Powell.

  • Powell reafirmou o compromisso do Federal Reserve com o pleno emprego e a estabilidade de preços, mantendo as expectativas de inflação ancoradas a 2% a longo prazo;
  • Disse ainda que a economia americana segue forte, com crescimento do PIB de 2,8% no 3º trimestre e taxa de desemprego de 4,1%. A inflação caiu de 7 pontos percentuais para 2,1%, mas a inflação núcleo (excluindo alimentos e energia) ainda está em 2,7%, exigindo monitoramento;
  • O FED reduziu a taxa de juros em 0,25%, mas segue com cautela, avaliando dados econômicos. Powell destacou que a política monetária continua restritiva e o foco é evitar enfraquecer a economia enquanto controla a inflação;
  • Powell disse que o resultado das eleições não influenciará diretamente as decisões do FED e que mudanças fiscais seguem um processo complexo. A alta nos rendimentos dos títulos do Tesouro não foi causada por expectativas de déficits fiscais mais elevados, mas por uma visão de crescimento mais forte, na sua opinião;
  • Ainda mencionou os riscos geopolíticos, como as variações no preço do petróleo, que ainda não afetaram a economia dos EUA. Ele também expressou preocupações sobre a trajetória fiscal do governo dos EUA, mas ressaltou que o FED não tem controle sobre a política fiscal;
  • Powell recusou-se a comentar sobre críticas políticas, incluindo as de Donald Trump, e reafirmou que a independência do FED é essencial e protegida por lei;
  • Powell não descartou um aumento das taxas de juros no próximo ano se necessário, mas disse que a expectativa é de um ajuste gradual para uma política monetária mais neutra, com crescimento econômico saudável e mercado de trabalho forte.

 

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@willcastroalves

Estrategista-chefe da Avenue Securities

 



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