Avenue

Por

William Castro

Formado em economia pela UFRGS – RS. Em 2004, iniciou sua carreira na Solidus Corretora, com passagens pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Foi sócio, analista-chefe e um dos principais porta-vozes da XPInvestimentos. Também foi sócio e líder de gestão da VGRGestão de Recursos. Possui as certificações Series 7 e 24. É estrategista-chefe, sócio e porta voz da Avenue desde 2018.

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Lembrando que o conteúdo desse artigo se encontra também no podcast: GoGlobal.

 

Por que investir nos EUA?

Existem diversos motivos que eu poderia ficar listando aqui, mas, na verdade, já o fiz. Mesmo quando temos receios face a possíveis cenários de desaceleração ou mesmo recessão nos EUA:

Mas, como investidores, buscamos proteger e rentabilizar nosso patrimônio. Essa parece ser a tônica de qualquer investimento, correto? Buscar um bom retorno ajustado ao nível de risco que você se sente confortável.

Nesse sentido, o mercado americano surge como uma alternativa pois, ao observamos a sua história, vemos o crescimento de sua economia, o qual o fez ser a potência hegemônica global, sendo refletido nas alternativas de investimentos oferecidas a investidores do mundo todo.

O gráfico abaixo mostra a valorização de US$ 1 investido, ou sendo corrigido pela valorização S&P 500 ao longo de décadas, considerando diferentes presidentes e momentos da história. Ao longo desse período, a economia americana passou por guerras (segunda Guerra mundial, Vietnã, Golfo, Coreia, entre outras), períodos de alta inflação, períodos de deflação, taxas de juros de mais de 20%, recessões severas ou brandas, assassinato de presidente, pandemias, taxas de desemprego que chegaram a 25%, e muitos outros eventos marcantes. E a despeito de tudo isso o investimento se mostrou interessante.

Tenha em mente que as pessoas físicas não podem investir diretamente em qualquer índice. O desempenho passado não garante resultados futuros.

Saindo do universo de renda variável e indo para renda fixa, na história moderna, desde que o mundo abandonou o padrão ouro na economia os EUA nunca deram calote em sua dívida. Ou seja, o governo americano honrou os compromissos com seus credores, aqueles que investem em seus títulos públicos. E ainda que todo investimento guarde em si algum risco, os fed funds são considerados uma referência global usada como a taxa referencial livre de risco.

Ou seja, sob o ponto de vista de investimentos, temos um ambiente que se mostrou resiliente a diferentes cenários de crise, uma economia que apresentou crescimento a longo prazo e o qual foi refletido e percebido pelas alternativas de investimento em renda variável, que se mostrou capaz de oferecer uma alternativa confiável para investimentos de renda fixa, e que, por fim, permite a constituição de uma poupança em moeda forte e de aceitação global.

Hegemonia americana: até quando?

Mas aí vem a pergunta de alguns: “Ok, isso aconteceu no passado, mas será que não será diferente no futuro? E se os EUA perderem sua hegemonia?”

Não sei o futuro, mas vou trazer alguns pontos interessantes para você pensar a respeito acerca da pujança da economia americana e, eventualmente, reduzir possíveis receios de investir fora.

1. Maior economia. A despeito dos receios, a economia americana ainda é a maior do mundo, representando 25% do PIB global. As projeções variam, mas de acordo com essa fonte do gráfico abaixo, estima-se que a China possa passar os EUA somente em 2030.

Fonte: Visual Capitalist.

2. As maiores empresas estão nos EUA. Em 2022, os EUA ainda concentraram nada mais, nada menos do que 70% do valor de mercado das 100 maiores empresas do mundo – 10 anos atrás elas representavam 48% (fonte: PWC). Além disso, a capitalização de mercado das empresas americanas, que compõe a lista das 100 maiores, cresceu em média de 18% e 15% nos últimos cinco e dez anos, respectivamente, número notavelmente mais alto do que na maioria das outras regiões.

Fonte: PWC

3. As novas empresas também estão nos EUA. Saindo do universo das grandes corporações vemos que a economia americana é dinâmica o suficiente para atrair e ser o celeiro de novos empreendimentos. Mais da metade dos unicórnios no mundo estão nos EUA – por unicórnio, entenda-se uma startup que possui avaliação mercado de mais de US$1 bilhão – fonte. Os EUA têm o dobro de unicórnios de China e Índia somados. Fatores como facilidade de acesso a financiamento, capacidade de inovação, ambiente regulatório propício, centros de excelência de educação, entre outros fatores são determinantes para essa realidade.

Fonte: Finbold

4. Melhores universidades. Linkado com o fator acima, na questão da educação, vemos que 56 das 100 melhores universidades do mundo estão nos EUA.

Fonte: Ranking Web of Universities

5. Atração de trabalhadores qualificados. Outra vantagem importante da economia americana e do seu ecossistema favorável e propício a inovação e crescimento econômico é a capacidade de atração de talentos. Atualmente, cerca de 43% das 500 maiores empresas americanas (ranking da Fortune) foram fundadas por imigrantes ou filhos de imigrantes – fonte: Brookings. Ou, ainda, 55% dos unicórnios americanos (319 de um total de 582) foram fundados por imigrantes. Abaixo uma lista dos principais países com imigrantes que fundaram alguma empresa considerada um unicórnio (esquerda) e alguns dos nomes dos fundadores e das empresas.

Fonte: Business Today

De acordo com a pesquisa, o valor dessas empresas unicórnios fundada por imigrantes ficou em US$ 1,2 trilhão, valor superior, por exemplo, a todas as empresas listadas na Bolsa de Valores do Brasil (US$ 925 bilhões) – fonte: Business Today.

A importância do dólar

Como resumi acima, “por fim, permite a constituição de uma poupança em moeda forte e de aceitação global”, o dólar é a moeda global. Tal qual usamos a língua inglesa para nos conectarmos ao mundo, o dólar é a moeda que nos conecta com produtos, serviços e mercados do mundo todo. Segundo dados do report “The Future of the Monetary System”, produzido pelo banco Credit Suisse, cerca de 90% das transações de câmbio do mundo se dão em dólar e aproximadamente 60% das reservas internacionais do mundo estão em dólar.

Fonte: Credit Suisse

Conclusão

Não sabemos o futuro, nem temos a pretensão de estimá-lo, mas a análise e estudo do passado e presente nos deixa clara a relevância da economia americana e do dólar como moeda global. Nos deixa clara também a capacidade dessa economia se reinventar e, com isso, criar alternativas de investimentos as quais você pode aproveitar. Por isso, ressaltamos a importância de você investir globalmente.

Espero que esse conteúdo seja útil para vocês e gostaria de feedbacks – críticas, elogios, dúvidas e sugestões são sempre bem-vindas!

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Aquele abraço!
William Castro Alves
Estrategista-chefe da Avenue Securities

 

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O desempenho passado não é indicativo de resultados futuros. Investir envolve risco e você pode incorrer em um lucro ou perda, independentemente da estratégia selecionada.

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O investimento internacional envolve riscos especiais, incluindo flutuações cambiais, diferentes padrões contábeis financeiros e possível volatilidade política e econômica.

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William Castro

Formado em economia pela UFRGS – RS. Em 2004, iniciou sua carreira na Solidus Corretora, com passagens pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Foi sócio, analista-chefe e um dos principais porta-vozes da XPInvestimentos. Também foi sócio e líder de gestão da VGRGestão de Recursos. Possui as certificações Series 7 e 24. É estrategista-chefe, sócio e porta voz da Avenue desde 2018.

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