Estratégias de Investimento no Exterior para o 2º Semestre
04/10/2024
Para a maioria dos especialistas, adotar estratégias de investimento no exterior é seguir uma perspectiva de longo prazo. Igualmente relevante é avaliar as melhores alternativas, considerando as oscilações do mercado.
Em linhas gerais, essa é uma das principais recomendações de Marina Valentini, Estrategista de mercados globais da J.P Morgan Asset Management, que discorreu sobre as melhores estratégias de investimento no exterior com ativos internacionais na palestra “Rumo ao Sucesso Global: Estratégias de Investimento no Exterior para o 2º Semestre.”
Neste artigo, confira as perspectivas de Marina sobre as possibilidades de investimento global e as recomendações para investidores que querem alocar recursos no exterior. A mediação foi de Will Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue.
Já no início, Marina Valentini mostrou dados concretos apontando que a economia americana continua sendo bem resiliente. Apesar de no primeiro trimestre o país ter passado por uma desaceleração de 1,4%, os americanos ainda têm chances de liderar o mercado e de superar eventuais desajustes.
Segundo a estrategista de mercados globais, o aumento das vendas do varejo, por exemplo, aquece o mercado e chama a atenção de investidores globais. Will Castro Alves destacou a necessidade de avaliar essa situação dentro do contexto da oscilação do mercado.
Tem-se observado que o mercado de eletrônicos e imóveis está em alta, o que eleva o patamar de consumo para 70%, em média. “Percebam, que essa é a parte mais importante da economia. Então, qualquer moderação que a gente vai ver pela frente, teria que vir desses setores’, frisou a especialista.
Portanto, é preciso considerar que a realidade americana está bem clara nessa previsão: uma economia resiliente, mas que vai continuar crescendo. A projeção para os próximos meses, segundo Marina , é um crescimento um pouco mais perto da tendência de 2%.
Quanto ao mercado de trabalho, Valentini destacou que ele ainda está sólido: a taxa de desemprego em 4,1 é a melhor situação do mercado laboral desde os anos 70, com algumas subidas. Então, o Banco Central dos EUA (FED), está de olho nesses riscos. Porém, isso não é ainda caminho para uma recessão, mas um esfriamento do mercado de trabalho.
Quanto às consequências dos cortes de juros pelo FED, Marina concordou com a observação feita por Will Castro Alves e detalhou: “teria uma alocação mais pró-risco em renda variável e crédito porque a economia está sólida. Isso se explica devido às expectativas de um soft landing.”
Ela complementou, ainda, que “pensando realmente o que a gente gosta dentro de cada classe de ativo, começando com renda fixa, acho que a história de renda fixa continua mais no sentido de aproveitar os yields.”
A economista frisou, também, que nessas circunstâncias, a sugestão seria aproveitar a oportunidade de lucros em renda fixa mesmo. Esse tipo de investimento seria um elemento de proteção contra uma possível recessão. “Até porque não sabemos quando pode chegar aos EUA”, completou.
Marina destacou a importância de verificar a página do Guide to the Markets. Então, convém mostrar para os clientes, principalmente a pessoa física, qual é o impacto de uma queda ou uma alta de 1% nas taxas de juros em títulos de renda fixa.
O investidor precisa entender o que acontece se a inflação sobe. Se tem algum impacto da eleição em longo prazo, inflacionário, como mais tarifas, maior dívida, ocorre uma alta de juros. Por isso, o ideal é buscar consultorias de especialistas e, assim, fazer investimentos mais seguros e com melhores possibilidades de lucro.
Logo, é necessário considerar as influências internas e externas, já que isso torna o mercado muito sensível a qualquer empresa. A boa notícia para o mercado de renda variável é que por um lado a gente tem os cortes de juros, que historicamente são muito bons porque aumenta a lucratividade dos investimentos.
Marina afirma que “esse vento a favor melhora as estimativas de lucro para os diferentes mercados: aumenta a expectativa de lucros para um ano que a gente espera, sim, essa desaceleração econômica.”
Conforme as mudanças positivas no mercado, é possível observar que muitos analistas falam de uma rotação de setores. Na verdade, as maiores tendências são os setores cíclicos, industriais, bancos e de energia.
Essa tendência de ampliação de retornos para os outros setores não deve seguir, necessariamente, as custas do setor de tecnologia. Realmente, convém observar as tendências e tomar decisões mais alinhadas com a opinião dos especialistas.
Contudo, sempre é importante considerar novas alternativas. “Quando a gente fala em investir nos Estados Unidos, sempre bate na tecla que você pode investir no mundo inteiro, em oportunidades também globais. Além dos Estados Unidos, você tem o mundo para investir: Europa e mercados emergentes, principalmente”, afirmou Marina.
Pode-se concluir, por fim, que segundo Marina Valentini, o ideal é investir com segurança, avaliando as melhores alternativas quanto às decisões de investimento. A orientação é acompanhar a evolução do mercado e buscar soluções em assessorias de finanças.
Assista, na íntegra, a palestra de Marina Valentini com Will Castro Alves no Avenue Connection!
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