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Por

William Castro

Formado em economia pela UFRGS – RS. Em 2004, iniciou sua carreira na Solidus Corretora, com passagens pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Foi sócio, analista-chefe e um dos principais porta-vozes da XPInvestimentos. Também foi sócio e líder de gestão da VGRGestão de Recursos. Possui as certificações Series 7 e 24. É estrategista-chefe, sócio e porta voz da Avenue desde 2018.

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Expectativa x Realidade

Expectativa de criação de 106 mil postos de trabalho;

Dado mostrou a criação de 12 mil postos de trabalho.

 

Expectativa para taxa de desemprego: 4,1%;

Taxa de desemprego observada: 4,1%.

 

Expectativas para os salários: +4,1% anual e +0,3% mensal;

Salários cresceram 4,1% na comparação anual e 0,4% na comparação mensal.

 

Leitura e Impacto

O relatório de emprego dos EUA, mostrou que a geração de empregos em outubro desacelerou para seu ritmo mais fraco desde o final de 2020, com impactos das tempestades que afetaram o sudeste americano e ainda o impasse trabalhista com os funcionários da Boeing. Foram criados 12 mil postos de trabalho, o menor número de empregos criados desde dezembro de 2020, e bem menos que os 106 mil esperados. Além disso, houve a revisões substanciais dos dados anteriores: o dado de agosto foi revisado para uma criação de 78 mil postos de trabalho e o dado de setembro caiu para 223 mil – juntas, as revisões reduziram os totais de criação de empregos relatados anteriormente em 112mil. Por outro lado, a taxa de desemprego se manteve em 4,1% e os salários cresceram praticamente em linha com o esperado pelo mercado.

Em uma primeira leitura o dado assusta pelo baixo volume de empregos criados. No entanto, 2 ressalvas importantes precisam ser feitas sobre esse report: (i) estima-se que a greve dos trabalhadores da Boeing teria reduzido o número de empregos na indústria em 44 mil; (ii) o report foi influenciado pelos impactos do furacão Helene e Milton que atingiram o sudeste – Flórida e Carolina do Norte em particular; (iii) apesar do dado mais fraco deste report, vimos a geração de empregos no setor privado surpreender positivamente nessa semana. Juntando todos os fatores (ressalvas ao dado e a revisão nos números anteriores), ainda assim, podemos dizer que o mercado de trabalho tem demonstrado sinais de desaceleração. O dado reforça a visão da continuidade dos cortes de juros pelo Fed como forma de antecipar ou evitar uma desaceleração maior da economia e emprego, no contexto do seu mandato duplo de atingir o máximo de emprego e manter os preços estáveis.

Abrindo o dado, vimos que o segmento de assistência médica e governo lideraram a criação de empregos, adicionando 52 mil e 40 mil posições, respectivamente. Na ponta negativa os serviços de ajuda temporária tiveram uma queda de 49 mil postos de trabalho; o setor de lazer e hospitalidade teve queda de 4 mil, enquanto o varejo, transporte e armazenagem também relataram declínios

O impacto no mercado foi de yields dos títulos de dívida americanos para baixo; o índice dólar se manteve estável, mas se valoriza contra o Real; os índices acionários sobem.

 

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@willcastroalves

Estrategista-chefe da Avenue Securities

 




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