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Por

Juliana Benvenuto

Formada em Relações Internacionais, com pós-graduação em Finanças Corporativas pela Saint Paul e Extensão Universitária em Administração pela Universidade da Califórnia – Riverside.

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Os ETFs têm se tornado cada vez mais populares entre os investidores, oferecendo uma maneira simples e acessível de diversificar uma carteira de investimentos. Neste artigo, vamos explorar o mundo dos ETFs no mercado dos Estados Unidos, o maior e mais líquido do mundo, oferecendo aos investidores a oportunidade de acessar uma ampla variedade de ativos financeiros e aproveitar oportunidades de investimentos tanto nos EUA, quanto no mundo inteiro.

 

Um pouco de história

A indústria de ETFs é relativamente nova e remete ao início da década de 90 no Canadá. Foi em 1990 que ocorreu uma das primeiras tentativas do que viria a se tornar um ETF, com o lançamento do Toronto 35 Index Participation Units (TIPs 35) pela Toronto Stock Exchange. Esse instrumento de depósito, baseado em recibos, rastreava o Índice TSE-35. No entanto, o primeiro ETF da forma como conhecemos hoje foi criado em 1993, chamado SPY (Spider). Ele foi desenvolvido pela State Street Global Advisors e tem como objetivo acompanhar o S&P 500, que é o principal índice da bolsa americana.

O mercado de ETFs foi crescendo ao longo dos anos e atualmente existem mais de 3 mil ETFs listados no mercado americano, com um valor de mercado aproximado de 7 trilhões de dólares.

 

Mas afinal, o que são ETFs?

Um ETF ou Exchange-Traded Fund, nada mais é do que um fundo de investimento que tem suas cotas negociadas em bolsa de Valores, assim como uma ação.

Mas diferentemente de uma ação, quando você compra um ETF, você está investindo em uma cesta de ativos e não em um único ativo, o que ajuda a reduzir potencialmente o risco e a exposição, ao mesmo tempo que já diversifica o portfólio.

Também são muito conhecidos como fundos de índice, pois em sua grande maioria buscam replicar algum índice específico, ou algum setor de mercado. E nesse tipo de estratégia, que possui gestão passiva, o objetivo não é tomar decisões autônomas para superar o índice de referência, e sim acompanhá-lo.

Na gestão passiva, o gestor do ETF se compromete a seguir uma estratégia de investimento predefinida, sem realizar análises constantes em busca de oportunidades. Isso significa que o fundo não toma decisões ativas para tentar melhorar seu desempenho, mas deve aderir estritamente à metodologia escolhida.

Por exemplo, imagine um ETF que busca acompanhar o índice S&P 500, principal índice da bolsa americana. O gestor não pode escolher as ações que julga serem mais atrativas, pois ele precisa investir nas mesmas ações que compõem o índice, nas mesmas proporções.

No entanto, nos EUA existem também os ETFs de gestão ativa, que compram e vendem ativos com o intuito de superar o índice de referência definido.

O regulamento de cada ETF contém uma seção chamada “política de investimento”. Nessa parte, os investidores podem verificar exatamente quais são as regras e os limites de gestão que o administrador do ETF deve seguir.

 

Quem faz a gestão desses ETFs?

As maiores gestoras de recursos do mundo são responsáveis pela grande maioria do volume de ETFs negociados nos EUA, entre elas, a Black Rock, com sua plataforma de ETFs chamada ishares, a Vanguard, a State Street Global Advisors e a Invesco.

 

Como os ETFs funcionam?

Um ETF é como uma ação que você pode comprar e vender durante o dia nas bolsas de valores. Ele tem um código de negociação e seu preço pode ser acompanhado ao longo do dia.

Porém, ao contrário das ações de uma empresa, um ETF pode ter o número de ações em circulação mudando todos os dias. Isso acontece porque novas ações podem ser criadas ou ações existentes podem ser resgatadas. Essa flexibilidade ajuda a manter o preço do ETF alinhado com os títulos que ele representa.

Embora os ETFs sejam destinados a investidores individuais, os investidores institucionais também desempenham um papel importante, ajudando a garantir que o ETF tenha liquidez suficiente e que seu preço esteja em linha com o valor dos títulos subjacentes.

 

Tipos de ETFs

Existem diferentes tipos de ETFs que você pode encontrar no mercado. Vamos dar uma olhada em alguns deles:

  • ETFs de índice: Esses ETFs são criados para acompanhar um índice específico, como o S&P 500 ou o NASDAQ. Eles seguem o desempenho desses índices, permitindo que você invista em uma ampla gama de empresas de uma só vez.
  • ETFs de Renda Fixa: Esses ETFs oferecem exposição a vários tipos de títulos de renda fixa, como Tesouro dos EUA, corporativos, internacionais e de alto rendimento (high yield).
  • ETFs de indústria/setor: Esses ETFs fornecem exposição a setores específicos da economia, como petróleo, produtos farmacêuticos ou alta tecnologia. Eles permitem que você invista em empresas de um setor específico sem precisar selecionar ações individuais.
  • ETFs multi ativos (multi asset): Esses ETFs criam uma carteira diversificada por meio do investimento em outros ETFs que englobam diferentes tipos de ativos, como títulos de renda fixa e ações.
  • ETFs de commodities: Esses ETFs acompanham o preço de commodities, como ouro, petróleo ou milho. Eles permitem que você invista nessas matérias-primas sem a necessidade de comprar e armazenar fisicamente os produtos.
  • ETFs de “estilo” (style ETF): Esses ETFs acompanham um estilo de investimento específico ou se concentram em empresas de diferentes tamanhos de mercado. Por exemplo, há ETFs com empresas de valor de grande capitalização ou empresas de crescimento de pequena capitalização.
  • ETFs gerenciados ativamente: Ao contrário da maioria dos ETFs que são projetados para acompanhar um índice, esses ETFs são gerenciados ativamente por gestores profissionais. Eles buscam superar um índice de referência, utilizando estratégias de investimento ativas.

 

Vantagens e desvantagens dos ETFs:

Vantagens:

  • Diversificação: Os ETFs oferecem exposição a diversos ativos de uma só vez, permitindo a diversificação instantânea de uma carteira de investimentos. Isso reduz o risco de concentração em um único ativo ou setor específico.
  • Custos mais baixos: Os ETFs geralmente têm taxas de administração mais baixas do que os fundos mútuos tradicionais, principalmente nos fundos de gestão passiva, pois não exigem uma equipe de gestores ativamente tomando decisões de investimento.
  • Transparência: Os ETFs de gestão passiva divulgam regularmente a composição de sua carteira, permitindo que os investidores acompanhem os ativos em que estão investindo.
  • Flexibilidade: Como são negociados em bolsa, os investidores podem comprar e vender as cotas dos ETFs a qualquer momento durante o horário de negociação.

Desvantagens:

  • Risco do índice: Como os ETFs buscam replicar o desempenho de um índice, se o índice apresentar queda, o ETF também poderá ter desvalorização, ou seja, o investidor fica exposto ao risco de mercado dos ativos subjacentes, sem poder de decisão sobre a composição da carteira
  • Liquidez: alguns fundos específicos, com um valor patrimonial menor, podem ter uma defasagem maior entre preço de compra e venda, e eventualmente virem a fechar, caso não atinjam um patrimônio líquido suficiente para cobrir todos os seus custos.

 

Como investir em ETFs nos EUA?

O primeiro passo é abrir uma conta em uma corretora americana. Com a Avenue, os investidores têm acesso a mais de 8 mil ativos disponíveis no mercado dos EUA, incluindo uma ampla variedade de ETFs. Com a conta aberta, é necessário fazer uma remessa de recursos, em reais mesmo, via PIX ou TED, e na sequência realizar câmbio de real para dólar. Com os dólares disponíveis, e uma vez escolhido o ativo, é só entrar no home broker e efetuar a sua ordem de compra.

 

E como escolher qual ou quais ETFs vão entrar na carteira?

Na hora de escolher um ETF, é importante levar em consideração o seu perfil de investidor, e considerar alguns critérios, como o índice de referência, a liquidez, os custos e as taxas envolvidas, além do tamanho e da reputação da gestora do fundo. Você pode utilizar ferramentas de análise e pesquisa para comparar e selecionar os mais adequados para seus objetivos de investimento.

A Avenue disponibiliza alguns relatórios na área logada do cliente, que são feitos pelo time de análise para ajudar o investidor nessa escolha.

 

Custos de investimento em ETFs

Investir em ETFs envolve custos, como taxas de administração do fundo e custos de corretagem. As taxas de administração são anuais, cobradas diariamente de forma pró rata (isso é feito de forma automática no valor do ETF, não havendo a necessidade de desembolso por parte do investidor), enquanto os custos de corretagem são aplicados na compra e venda dos ETFs. É importante considerar esses custos ao avaliar a rentabilidade potencial dos seus investimentos.

 

O que mais você precisa saber sobre ETFs nos EUA

Diferentemente do Brasil, nos EUA os ETFs podem distribuir dividendos aos cotistas. Outro ponto importante, é que não existe lote padrão para a compra e venda de ETFs, e é possível inclusive fracionar um ativo em até 4 casas decimais, fazendo com que a aplicação mínima em alguns casos, fique por volta de 5 dólares apenas.

 

Considerações Finais

Os ETFs podem ser uma opção interessante para os investidores que buscam diversificar suas carteiras de maneira simples e acessível, levando em conta seu perfil de investidor, seus objetivos e estratégias de investimento. É muito importante considerar também os custos envolvidos, realizar uma análise detalhada de cada ETF e estar ciente das obrigações fiscais relacionadas aos investimentos.

 

Leia também: Fundos de Investimentos: como investir no exterior? [Guia Completo]

 


 

Disclaimers:

A situação de cada investidor é única e você deve considerar seus objetivos de investimento, tolerância ao risco e horizonte de tempo antes de fazer qualquer investimento. Investir envolve risco e você pode incorrer em um lucro ou perda, independentemente da estratégia selecionada. O conteúdo acima não é uma recomendação para comprar ou vender qualquer ativo individual ou qualquer combinação de ativos.

Qualquer informação não é um resumo completo ou declaração de todos os dados disponíveis necessários para tomar uma decisão de investimento e não constitui uma recomendação. Os investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os investidores.

Todo tipo de investimento, incluindo fundos, envolve risco. Risco refere-se à possibilidade de que você perderá dinheiro (tanto principal quanto qualquer ganho) ou não consiga ganhar dinheiro com um investimento. A mudança das condições do mercado pode criar flutuações no valor de um investimento em fundos. Além disso, existem taxas e despesas associadas ao investimento em fundos que geralmente não ocorrem na compra de ativos individuais diretamente

Avenue Securities Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. (“Avenue Securities DTVM”) é uma distribuidora de valores mobiliários brasileira devidamente autorizada pelo Banco Central do Brasil (“BCB”) e pela Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) Os saldos disponíveis em Reais são mantidos na Avenue Securities DTVM Ltda., uma instituição financeira regulada. Os fundos detidos pela Avenue Securities DTVM não são cobertos pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos).

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